O próximo Assassin’s Creed - No Brasil e DLC Zumbis | Parte 3 de 3

O que é mais fácil? AC Brasil ou AC Zumbi?


E finalmente estamos finalizando nossa matéria épica em três partes sobre o futuro da franquia Assassin’s Creed, que é possivelmente uma das maiores franquias dos games da atualidade e principal franquia da Ubisoft, uma das maiores produtoras da nossa era.


Para quem não leu as partes anteriores, veja os links abaixo:


-Parte 1  Épocas Futuras e Passadas
-Parte 2 – Top 5 melhores possibilidades e além de Desmond
-Parte 3 – No Brasil e DLC Zumbis


E nessa última parte vamos falar de mais duas possibilidades para a franquia, um DLC todo voltado para um contexto de Zumbi histórico, sim, uma espécie de Zumbi que poderia se encaixar na série que é razoavelmente baseada em fatos históricos e sobre a promessa que a Ubisoft fez de fazer um jogo se passando aqui no Brasil.


[heading size="18" align="left"]5 possibilidades de um Assassin’s Creed Brasil[/heading]


Depois da Gafe que foi a São Paulo mostrada brevemente em Assassin’s Creed 3, os produtores do game meio que para se redimir e para fazer um teaser do que está por vir, eles disseram que muito possivelmente haverá um jogo inteiro da série se passando aqui em terras tupiniquins.


Contudo, com todo o contexto que mencionamos nas duas partes anteriores dessa matéria, como encaixar o Brasil no jogo? Será que a promessa foi em vão, apenas para se desculpar com o país que é um dos principais adoradores da série dos Assassinos do Ubisoft?


Se houver um jogo de Assassin’s Creed, em qual dos períodos da nossa história ele deve se passar? Vamos falar abaixo sobre 5 boas possibilidades.


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Particularmente é uma época de nossa história que eu não gosto muito, mas não dá para deixar de pensar que os Cangaceiros são para o nordeste brasileiro o mesmo que os piratas eram para o Caribe e vimos como deu certo a pirataria para a Ubisoft. Contudo, teríamos que trocar os imponentes navios por carros de boi.


E se a pirataria tinha Edward Thatch, vulgo Barba Negra, no cangaço nos teríamos Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. Seria um bom personagem histórico a fazer parte do jogo.


Apesar da luta dos Cangaceiros ser vilanesca, num ponto de vista de uma história mais simplista, havia uma certa motivação nobre e revolucionaria nela e isso é o suficiente para uma aliança entre Cangaço e Assassinos contra o Governo e seus Templários.


Agora o interessante seria ver como nós aceitaríamos isso, ajudar os cangaceiros num jogo sabendo tanto da nossa história quanto sabemos, porque ajudar piratas é bem mais fácil quando não somos Caribenhos.


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4


Para quem assiste novelas da Globo (ou para quem pelo menos sabe o que se passa por lá) sabe que a escravidão no Brasil foi um fator marcante de nosso passado e de nossa história, obviamente nas novelas a escravidão é retratada levemente, é claro que na história e em Assassin’s Creed o problema seria mais grave.


Como sabemos pelo Oscar, histórias sobre escravidão sempre rendem ótimos dramas, imagine esse nível de drama levado aos videogames? O Contexto já foi explorado com Aveline de Grandpré em Assassin’s Creed Liberation, mas era um jogo Mobile, não é a mesma coisa...


É claro que para fins históricos, não poderíamos ter apenas Escravos explorados pelos grandes Senhores da atividade açucareira, teríamos que ter um evento, como, por exemplo, o Quilombo dos Palmares, quem sabe o Zumbi (não o mesmo Zumbi que vamos falar abaixo) poderia ser um Assassino, ou mesmo um aliado dos Assassinos?


Mas a principal e mais fácil época dentro da escravidão para se encaixar um jogo do Assassin’s Creed, seria no fim dela, com a forte influencia da Inglaterra para que a Princesa Isabel assinasse a Lei Áurea em 1888. Afinal, pelo que estamos vendo, especialmente com a família Kenway, a Inglaterra é um grande player dentro da trama da série.


Agora o problema seria um Assassino com a cara do Bruno Gagliasso.


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3


Esse sim é um período histórico interessantíssimo no qual um Assassin’s Creed pode se passar. Para quem matou aula de história ou não assistiu A Casa das Sete Mulheres (ok, chega de referencias a Globo) a Guerra dos Farrapos ou a Revolução Farroupilha foi a revolução contra o Governo Imperial do Brasil na província do Rio Grande do Sul, que nessa época declarou independência sob o nome de República Rio-Grandense, algo que durou uma década.


Se precisamos de personagens históricos esse período está cheio deles, como, por exemplo, Bento Gonçalves, o deputado Vicente da Fontoura e Giuseppe Garibaldi dentre outros muitos, como Bento Manuel Ribeiro que acabou trocando de lado durante a Guerra e passou para o lado Imperialista.


Uma minoria lutando contra um Governo Imperial? Sério, o que poderia ser mais Assassin’s Creed que isso?


Além de todo o contexto histórico interessantíssimo, imagine o estilo visual desse Assassin’s Creed? O Rio Grande do Sul é lindo e o visual Farroupilha no uniforme tradicional dos Assassinos seria um toque genial, ainda mais se pensarmos nas armas bem próprias que ele usaria, como o Facão, a Boleadeira, Esporas e diversas outras armas da guerra.


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2


O jogo não precisaria começar imediatamente em 1500 com  chegada de Pedro Álvares Cabral aqui, haveria pouco contexto para isso, mas no inicio, nos primeiros anos pós-descobrimento.


A situação para isso é perfeita, primeiro em contexto da trama geral do jogo, se os templários estão procurando Itens raros e antigos escondidos pelo mundo, esse é basicamente o proposito da Abstergo, então que lugar melhor para um Item ancestral estar escondido do que em uma terra que ninguém conhecia? Numa perspectiva europeia, é claro.


Além do contexto dos itens templários, poderia haver algum gameplay naval, imagina como seria legal você controlar uma Caravela?


Com certeza para uma boa trama nesse contexto histórico precisaria ter uma boa dose de índios nela, mas para quem estudou história de uma forma mais avançada, sabe que os índios nada tem de “coitados” ou “massacrados” como uma aula de história superficial da escola ou o Wikipedia passam, portanto uma pesquisa de um produtor de Assassin’s Creed pode acabar revelando um comportamento indígena tão feio em um contexto romantizado que isso seria um ponto contra a esse período.


Além disso, não vai ter muito Parkour nessa época.


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1


Ahh esse período é com certeza o mais fácil a ser retratado em um game da série, pois sabemos que uma hora ou outra a série Assassin’s Creed vai chegar nas Guerras Napoleônicas,  falamos disso na parte 1 dessa matéria e principalmente na parte 2.


Como todos sabem a fuga ou a “transferência” como os portugueses preferem, da Família Real Portuguesa para o Brasil está intrinsecamente ligada a ascensão do Império de Napoleão e a sua Guerra interminável contra a Inglaterra.


Dizem as más línguas que a Independência Brasileira estava sendo influenciada por baixo dos panos pelos Mações, é bem fácil trocar Mações por Templários ou Assassinos, já que a história não é oficial.


Já dá para imaginar, batalhas marítimas, grito de Independência e tudo mais em uma história, que será um pouco longa, concordo, mas será não menos que épica!


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[heading size="18" align="left"]Potencial DLC – Assassin’s Creed Zumbi[/heading]


[row][column size="1/3"]zombie[/column] [column size="2/3"]


A grande moda da indústria dos games hoje é lançar DLCs para seus jogos e dentro dessa moda, existe uma submoda que são os DLCs de zumbis, que fazem muito sucesso em franquias como Call of Duty e Red Dead Redemption, agora a Ubisoft sendo uma grande mercadologista sabe disso e obviamente pode querer aplicar o mesmo para sua principal franquia hoje.


Mas aí você me diz “isso é impossível, porque zumbis não são reais”... Ok, você está duplamente errado se disser isso, primeiro não é impossível porque há o precedente da série de DLCs de Assassin’s Creed 3, A Tirania do Rei George, que também são de fatos que nunca aconteceram. O outro erro é o “Zumbis não são reais”... Bem, veja essa frase que está dentro do próprio jogo:[/column] [/row]


[quote] “Existe sim uma base factual para zumbis, ou pelo menos para a zumbificação. Leia o livro de Hurston sobre o Haiti e o estranho vudu que praticavam por lá. Pode não ser a mágica zumbi estilo Hollywood, mas é assustador mesmo assim. É até possível que Edward Kenway ou um de seus colegas esbarre em algo assim, não? Podemos botar as pessoas para procurar evidencias?”[/quote]


Existe uma correlação pronta e quase anunciada para a introdução de zumbis na franquia. Essa correlação acontece porque a maioria dos escravos africanos (vindos da Costa da Guiné e África Ocidental) que chegaram ao Haiti são os primeiros praticantes de Vodu e desde aquela época histórias sombrias acompanham essa religião que vive no “submundo” até os dias atuais.


Nesse tipo de crença a forma de transformação zumbi, se dá desde através da magia como até mesmo com o uso de substâncias tiradas de sapos capazes de fazer um ser humano parecer falecido. Como na cultura Vodu os enterros são quase que imediatos, toda essa cena funciona muito bem, porém após o sepultamento o morto-vivo é desenterrado e induzido a crer que “reviveu”, contudo a partir daquele momento passa a ter uma vida controlada por outra pessoa esquecendo-se de toda e qualquer lembrança, ou seja, um zumbi pra valer.


Há histórias de gente encontrada vagando em beiras de estrada nesse estado psicótico que passaram anos nessas condições e eram consideradas mortas. Geralmente esse tipo de consequência acontece por encomenda de alguém que deseja se livrar ou esconder algo e muitas vezes por indivíduos da mesma família ou também como punição por alguma atitude que viole as regras da sua cultura. Então, controversa ou não esse é um tipo de trama que se encaixaria muito bem no contexto de Assassin’s Creed e ainda teria a vantagem de exibir uma forma “real” de zumbi, bem diferente de Hollywood que explora esse assunto de outra forma.


Unindo toda essa obscura situação e fatos apresentados pela folclorista Zora Neale Hurston, Edward Kenway, realmente poderia encontrar zumbis que poderiam fazer parte de toda essa teia e que daria uma DLC bastante interessante e que provavelmente venderia muito.


Eu posso quase apostar que isso vai acontecer em breve!


[heading size="18" align="left"]O futuro da franquia[/heading]


Depois de tudo isso, o que você acha que deixamos passar nessa analise?


Por hora só há uma certeza sobre a série, que não haverá nenhum episódio se passando em um período moderno e que haja veículos, ou pelo menos onde os veículos sejam algo importante, fora isso tudo está em aberto, mas gostamos muito das ideias desses textos para os próximos passos da franquia.


E você, como você gostaria de ver o futuro da franquia Assassin’s Creed?


“Nada é verdade, tudo é permitido.”


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