Coletiva de Imprensa – Se Beber Não Case 3
Apesar de ter gostado do filme Se Beber não Case 3, não achei ele tão bom quanto poderia ser, o mesmo posso dizer da Coletiva de Imprensa, que provou que realmente deve ser muito difícil colocar pessoas sentadas em cadeiras, a dificuldade de horas que a Warner Brasil teve para tal foi notável e olha que a Heather Graham e o Ken Jeong eram leves, dava para ter colocado eles nas cadeiras carregados se preciso fosse.
Infelizmente o ator, Zach Galafianakis, que quer queira quer não, é o protagonista do filme, não pode participar da entrevista, pois tinha medo de altura e o local da coletiva foi no Morro da Urca, depois de uma subida de bondinho. A propósito, foi proibido tirar fotos na coletiva também, sabe-se lá por que... Ficamos pelo menos com o protagonista declarado pelo pessoal de Marketing, Bradley Cooper, também chamado por nós de o Sr. Antipático, devido é claro, a sua antipatia crônica.
Durante a coletiva, as perguntas foram mais endereçadas a Todd Philips, o diretor do filme que dentre as muitas coisas, foi categórico ao afirmar que SIM, Se beber não Case 3 foi o ÚLTIMO FILME DA FRANQUIA, pelo menos para ele, mas ele não podia afirmar se haveria algum derivado ou Spin-Off da franquia no futuro, mas para ele não havia planos disso. Só para constar a possibilidade de um Spin-Off de Leslie Chow foi levantado, mas não recebeu qualquer confirmação de Todd Philips ou de Ken Jeong, que interpreta o criminoso asiático.
Se eu pudesse adivinhar, eu diria que Todd explicaria que Chow jamais sustentaria um filme de qualidade sozinho, não é o personagem para isso, mas nem isso foi dito.
Ed Helms disse que sentiria falta da colaboração entre os atores e a equipe no filme, Bradley Cooper confirmou isso e foi mais além, dizendo que ia principalmente sentir falta de trabalhar com Todd Philips, que de acordo com ele “está reinventando o gênero de comédia”. Depois desse e de outros elogios Todd pediu para que Bradley repetisse tudo em português, porque ele queria que todo mundo entendesse, o que é claro, arrancou risadas da plateia.
As perguntas depois começaram a variar mais, inclusive soubemos algumas coisas interessantes sobre Ken Jeong, que trabalhava como, pasmem, médico, antes de virar ator. De acordo com ele a profissão de ator deixa ele liberar um pouco da sua própria loucura, especialmente em personagens como Leslie Chow, que de acordo com ele é o seu favorito “e não é só porque estou divulgando o filme agora, eu realmente gosto de Chow”. Por falar em Chow, Ken disse que criou o sotaque e a entonação de seu personagem baseado em sua esposa. O que novamente fez a plateia de jornalistas rir, especialmente porque começou a imitar o Chow com suas risadas estranhas.
Sobre o Brasil, que por acaso é o último local no qual o filme está sendo divulgado, de acordo com Todd por pedido dele mesmo, já que o Brasil foi muito importante para o sucesso da franquia. Soubemos que o 2° filme da franquia, poderia ter se passado no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, a Tailândia só foi escolhida no lugar do Rio, porque parecia mais natural que Chow estivesse na Tailândia, o lugar parecia mais com um lugar onde um criminoso Asiático ficaria. Todd Philips mesmo brinca de “escrever” um roteiro ao vivo e diz que pelo menos uma cena no bondinho teria.
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Sobre o segundo filme, o diretor explica que o excesso de similaridades entre eles foi claramente proposital, pois a ideia de fazer o segundo filme mais engraçado era fazer a mesma coisa improvável acontecendo duas vezes com as mesmas pessoas. Certamente concordo com Philips que fica muito engraçado e interessante no papel, mas cansativo na tela. Ainda falando sobre a evolução de um filme ao outro, ele aproveitou para pincelar sobre o quanto as novas tecnologias que surgiram no cinema, desde o primeiro filme, não ajudaram ou mudaram em nada a forma “tradicional” como a série Se Beber não Case é filmada.
Quando as atenções se voltaram a Bradley Cooper novamente, ele foi questionado sobre o tipo de desafio de fazer um filme como O Lado bom da Vida, comparado a fazer uma comédia como Se Beber não Case. Cooper respondeu que são filmes diferentes, mas o desafio como ator é o mesmo (tá bom...) e o que não mudava era que em ambos os filmes ele trabalhou com dois dos melhores diretores da atualidade, no caso David O. Russel e Todd Philips (ok, né).
Bradley Cooper jogou a bola para Heather Graham, dizendo que ela e sua personagem, Jade, fizeram falta no segundo filme, por isso trouxeram ela de volta ao terceiro. Vale aqui uma menção para falar de toda a simpatia de Heather Graham, a moça é demais!
Além de revelar algumas coisas da produção e sua vontade de que sua personagem, a Jade, se casasse com o personagem de Ed Helms, Stu, ela ainda falou sobre o menino que interpreta Carlos, que é o mesmo bebê do primeiro filme. De acordo com Todd Philips foi fácil encontrar o “bebê Carlos” de novo porque ele é seu amigo no Facebook.
Heather ainda defendeu o filme, quando um jornalista tentou pegar um ângulo, ou confirmar um que ele parecia querer muito escrever, de que o filme é machista e voltado para homens. Heather diz que o filme é engraçado e ponto, não é engraçado para homens ou engraçado para mulheres, isso prova o sucesso que o longa faz com as mulheres, que adoram o filme.
Quase nessa mesma linha, mas sem soar estúpido e polemista, um jornalista questionou se era difícil fazer um filme tão politicamente incorreto nos dias de hoje, onde tudo é excessivamente politicamente correto, especialmente na sociedade americana (como se a sociedade brasileira não fosse, né). O diretor Todd Philips disse nunca pensar no filme como politicamente incorreto ou não, ele é apenas um filme engraçado e ponto, e como o filme é sempre um sucesso, especialmente nos EUA (ele frisou, pela crítica anterior do jornalista) ele acha que as pessoas não ligam muito para isso, “as pessoas só querem rir”!
Mais perto do final, nosso amigo Borbs do site Judão, perguntou ao Wolfpack quais seriam os poderes deles, se eles fossem super-heróis. De acordo com Ed Helms, que praticamente guiou as respostas, Stu poderia se transformar em qualquer coisa (faz sentido), Alan, o personagem de Zach Galafianakis, poderia comer qualquer coisa e teria o invejável poder de fugir de coletivas de imprensa (pior que também faz sentido). Phil, o personagem de Bradley Cooper já derruba paredes, como mostra o filme, enquanto Ken Jeong tomou a palavra e disse que Leslie Chow não participaria disso, pois ele jamais seria um super-heróis, ele seria um super-vilão, provavelmente chamado Cocainaman, mais risos.
Já no fim da coletiva, eles foram perguntados se sentiram-se tentados a continuar e esticar mais a história para outros filmes, mas parece que na verdade foi o oposto, Todd disse queriam mesmo e sentiam mesmo que era hora de terminar de contar aquela história e todos no palco pareciam concordar.
Se Beber não Case 3 parece mesmo o último filme da franquia, pelo menos para Todd Philips isso parece definitivo, para os atores talvez não seja tão definitivo assim, especialmente para Ken Jeong. Para mim pelo menos, apesar de não gostar tanto assim da franquia, acho uma pena, não me incomodaria de ver Phil, Stu, Alan e Leslie Chow juntos novamente no cinema outras vezes.
-A coletiva de imprensa de Se Beber não Case 3 foi realizada no Morro da Urca, Rio de Janeiro no dia 29/05/2013 com o diretor Todd Philips e com os atores, Bradley Cooper, Ed Helms, Ken Jeong, Heather Graham e Justin Bartha.
