Batman - Arkham Origins | Crítica
Podendo ganhar 50 milhões em uma noite apenas matando um homem fantasiado de morcego, oito assassinos vão a Gotham caçá-lo, essa é premissa de Batman: Arkham Origins e não me convenceu a princípio, mas o game surpreende em certos aspectos, em outros nem tanto.
Mas primeiro vamos falar do visual que está muito bonito e os cenários são bem detalhados, porem as expressões faciais são totalmente robóticas e tiram a profundidade de certos momentos, por exemplo, numa sidequest em que tinha uma mulher chorando, parecia mais uma boneca brincando de chorar do que uma pessoa.
A trilha sonora está tão boa quanto à do Arkham City e a dificuldade é ótima, alguns inimigos podem contra-atacar seus golpes e outros te seguram enquanto o resto te espanca e as diversidades de oponentes nas batalhas as tornam dinâmicas, pois o tempo todo você é obrigado a trocar de estratégia para enfrentar todos.
[heading size="18" align="left"]Mais do mesmo?[/heading]
Muitos se perguntavam ou achavam justamente isso, e de fato estavam certos. Algumas sidequests foram copiadas de Arkham City tendo apenas os nomes trocados e os gadgets também, apenas a garra remota e o detonador de abalo foram inéditos, a mecânica é exatamente a mesma, os golpes e a árvore de skills, mas nem tudo é só repetição.
Houve adições bem interessantes como a do multiplayer, que será tratado mais a frente, e um sistema de detetive onde é possível analisar o ambiente, montar uma cena do crime computadorizada e prender suspeitos.
O mapa é o dobro ao do ultimo jogo e pontos de viagem rápida foram adicionados, outra adição excelente foi a dublagem que está excepcional. O fato de Arkham Origins ser ‘mais do mesmo’ não é ruim, visto que seus antecessores foram excelentes, ele agrega seus pontos fortes em um enredo novo e interessante, muito interessante.
[heading size="18" align="left"]O ponto alto[/heading]
Em dois aspectos Arkham Origins se destaca e um deles é sua estória que de primeira não anima muito, como citado acima, oito assassinos perseguem Batman pela recompensa, desses valem destacar Exterminador, Bane e Vaga-lume, as melhores batalhas tanto visualmente como em dificuldade, mas não para por aí, os personagens são bem desenvolvidos e a trama vai tendo reviravoltas cada vez mais interessantes.
O efeito que o encontro com o Coringa teve no Batman e vice versa é muito legal e ao mesmo tempo muito bizarro. Batman por ser apenas seu segundo ano como vigilante é muito truculento e às vezes impulsivo, e algumas de suas decisões são imaturas e as consequências delas ele tem de suportar, sente dúvidas e desanimo, mas mesmo assim segue em frente. A construção do seu personagem bem como sua relação com Alfred são muito bem feitas e é onde o jogo brilha, mas eu disse apenas um aspecto, falta o outro.
[heading size="18" align="left"]O multiplayer[/heading]
Jogar on line Arkham Origins é sensacional, um 3x3x2 muito dinâmico e balanceado. Por que 3x3x2 você talvez se pergunte? Três jogadores jogam na gangue do Bane e outros três na do Coringa e dois assumem Batman e Robin, em dado momento na partida o próprio Bane ou Coringa ficam disponíveis para a equipe que chegar primeiro a porta, os players com Batman e Robin atrapalham as gangues e ganham Intimidação e as gangues possuem bases para dominar e reforços (respawn) inimigos para eliminar.
O sistema de personalização de personagens é generoso, muitas roupas e apetrechos diferentes (alguns afetam a jogabilidade te dando alguma atribuição), o único problema é a pouca quantidade de mapas, armas, gadgets para as gangues, e modos de jogo, mesmo assim é muito ativo e divertido.
[heading size="18" align="left"]Vale a pena?[/heading]
Vale sim, tanto pelo seu enredo como pelo multiplayer além do sistema e mecânica já consagrados pelo Arkham Asylum e City. Batman: Arkham Origins é um excelente jogo e vai agradar tanto aos veteranos da franquia como aos iniciantes.
