Os Melhores filmes de super-heróis de todos os tempos - parte 6



As expectativas do mundo para o 1° Thor estavam baixíssimas e a responsabilidade muito alta, por mais que a Marvel Studios estivesse prometendo algo épico para acontecer com Os Vingadores, Thor poderia ser o filme que estragaria tudo, afinal, fazer um filme sobre um cientista espertinho que cria uma armadura é fácil.

Agora fazer um filme sobre um Deus Nórdico que vai para Terra e luta voando e usando um martelo mágico, além de vestir uma roupa que parece uma cortina, como disse o próprio Tony Stark, era um grande desafio e deixou todos apreensivos, porque por mais que todos quisessem testemunhar o épico Os Vingadores, Thor tinha que sair certo ou tudo estava perdido.

Para nossa sorte, ainda que Thor não seja um exemplo de um excelente filme, foi um bom filme, mais do que o suficiente para dar cola ao universo Marvel e ainda nos apresentou Loki, um personagem extremamente carismático que é o principal vilão do universo Marvel hoje.


Quando a Marvel decidiu refazer o Hulk já que o de 2003 era da Universal e não tinha sido exatamente um sucesso nem de crítica nem de publico, para não dizer que foi massacrado, a melhor decisão que ela podia ter feito foi não recontar a história do inicio. Por diversos motivos o Hulk, diferente do Homem de Ferro, Thor e Capitão América, já tem a sua história no consciente popular, não há porque se explicar tudo de novo sobre como ele surgiu.

Outra boa escolha, ainda que moderadamente foi Edward Norton como Bruce Banner, que foi um ótimo Hulk, entretanto é uma pena que a Marvel não tenha achado Mark Ruffalo logo de cara, pois ele consegue ser um Hulk ainda melhor.

O uso de CGI com animatronics era uma mescla sem precedentes no gênero de super-heróis que serviu para criar um bom e relacionável Hulk. A batalha com o Abominável no filme está bem bonita, ainda que o filme não seja muito mais do que isso e nem tão empolgante quanto outros bons exemplares da Marvel, no final do filme vimos a primeira interação entre universos que a Marvel estava propondo, porque no final de Homem de Ferro 1 vimos o Nick Fury, que não era de lugar nenhum ainda, mas no final de O Incrível Hulk vimos o próprio Tony Stark e isso com certeza deixou todo mundo maluco. Embora hoje, com os caminhos que o filme da Marvel Studios tomaram, aquela cena não faça mais nenhum sentido.


Polêmica! X-Men Dias de um futuro Esquecido, para quem já leu a crítica do filme que foi publicada na data de lançamento (veja AQUI) já sabe que eu não gostei tanto assim dele, há muita coisa feita corretamente no filme, há muita coisa feita errada também, para começar o roteiro que não segue lógica alguma.

O filme tem uma escolha surpreendentemente ruim de personagens e por mais que eu ame a Jennifer Lawrence, ter a Mística tão plot-heavy quanto ela está nesse filme soa apenas um oportunismo para se aproveitar da ascensão de uma atriz que já tinha um contrato de 3 filmes assinado quando ela não estava tanto em ascensão assim. Na verdade, esse é apenas um dos oportunismos que o filme usa e eles são vários.

Eu não acho que Bryan Singer seja um bom diretor, na verdade, eu acredito que ele seja bem medíocre, apesar de X-Men 2 estranhamente sair fora do molde e esse X-Men Dias de um futuro Esquecido só se salva porque os personagens do “passado” construídos por Matthew Vaugh (que quase são estragados por Singer) ainda são extraordinários, com um destaque claro ao Xavier de James McAvoy, que antes ficou apagado pelo Magneto de Michael Fassbender, mas agora se revelou um grande protagonista, bem melhor que o Wolverine que eles tanto forçam como o protagonista da franquia. Não que o Michael Fassbender esteja ruim no filme, acho que dificilmente ele estará ruim em algum filme, mas seu Magneto foi claramente emburrecido nesse e se tornou unidimensional ou apenas bipolar.

Ainda assim, X-Men Dias de um Futuro Esquecido é um bom filme e por mais que falte ação bem feita e engajadora nele, ao menos temos o MERCÚRIO!


Pode até ser que Blade 1 tenha iniciado essa nova onda de filmes de heróis e que o 1° X-Men tenha refinado toda essa ideia, mas foi o 1° Homem Aranha que definitivamente mostrou até onde podíamos chegar com esse tipo de filme.

A escolha de Tobey Maguire e do tom um pouco estranho que o Peter Parker tem, ambas opções de Sam Raimi, podem ser questionáveis, assim como o bonecão estranho no qual o Duende Verde se torna quando veste sua roupa que não faz muito sentido, mas o que não pode ser questionado é a qualidade do filme que está muito acima de muitas obras que saíram depois e temos que admitir que Homem Aranha 1 levou a algo extremamente grandioso alguns anos depois.

Para inicio de trilogia o filme é bem legal e como inicio de uma nova era de filmes ele é perfeito, uma pena que quando olhamos de forma mais crítica para ele, ele não se sustenta tão bem. Mas sabe do mais legal, o Homem Aranha de 2002 é o filme antigo que chegou mais perto do Top 10 dessa lista, de fato, ele é cronologicamente apenas o 4° filme da safra a ser lançado.


Se uma coisa foi feita corretamente no reboot de Homem Aranha de 2012 foi a escalação de Andrew Garfield que é um Peter Parker pelo menos 700 vezes melhor que Tobey Maguire, por mais que a internet sofra da terrível síndrome da nostalgia forçada e não admita que um reboot pode ser melhor que o original, bem, esse reboot é melhor que o original.

O Espetacular Homem Aranha de 2012 não é perfeito assim como Homem Aranha de 2002, ambos tem seus problemas e o 1° Homem Aranha tem o mérito de ter iniciado muita coisa, mas O Espetacular Homem Aranha se sai melhor que o primeiro filme por diversos motivos, mas para dizer a verdade o principal deles está no elenco e no diretor escolhido, afinal, Emma Stone e Andrew Garfield estão perfeitos como o casal Peter Parker e Gwen Stacy.

Marc Webb, que é um diretor revelação vindo do sensacional e imbatível filme 500 Dias com Ela, sabe como ninguém fazer um romance engajador, emoção genuína e piadas com um bom humor dignos do Homem Aranha dos quadrinhos, o que por si só faz com que esse reboot seja melhor que o original, mas se não fosse só isso, a história de origem do personagem não soou forçada e nem muito copiada do primeiro filme.


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