Os Melhores filmes de super-heróis de todos os tempos - parte 4
Eu tenho um carinho pelo primeiro Blade,
foi ele quem começou tudo isso, a “retomada” dos filmes de quadrinho
que é o tema que me fez estar escrevendo essa lista agora, entretanto
ele não é um grande filme, mas em 1998 não havia também muito o que se
esperar do personagem ou de uma adaptação desse tipo, era outra época e
ainda assim o resultado foi pelo menos satisfatório.
Entretanto,
satisfatório não é bom e não estou considerando qualidade de filmes
por época, embora eu releve os problemas visuais que ele possa ter na
comparação, um bom filme é um bom filme desde que o cinema foi
inventado e Blade não chega a tanto.
Porém,
a introdução do personagem aos cinemas é muito estilosa e tem lá seu
charme e mérito, além disso, ainda há argumentos de que o visual do
filme possa ter influenciado o visual de Matrix, se é verdade ou não eu não, mas isso conta como um bônus.
O filme de Thomas Jane como o Justiceiro em 2004 pode não ser um grande filme de super-herói, mas ele é bem melhor que o filme posterior, o Zona de Guerra, e olha que ele tem uma classificação indicativa bem mais branda que o outro.
John Travolta
se diverte bastante como o vilão do filme e consegue até ser um bom
vilão dada as circunstâncias. Há um humor obscuro interessante também
no filme, que compensa ou quase a falta de violência nele.
Entretanto, as qualidades não vão muito, além disso, e por mais que Thomas Jane realmente adore o personagem e seja um cara até simpático, ele não é um bom Punisher.
O segundo Blade é facilmente o melhor deles, o herói de Wesley Snipes
está mais solto, mais divertido e mais engraçado do que nos filmes
anteriores e por incrível que pareça, o filme está muito mais bem feito
até do que o terceiro da franquia, talvez isso se deva a um nome novo
na equipe.
Guillermo Del Toro,
um dos diretores mais celebrados da atualidade está longe de ser uma
unanimidade, mas uma coisa é certa, ele pode nem sempre fazer filmes
sensacionais como O Labirinto do Fauno, mas ele nunca faz filmes ruins e
Blade 2 está longe de ser ruim.
O
filme ainda carece de algumas coisas que os filmes mais atuais de
heróis possuem, como uma narrativa mais clara, um visual mais limpo e
um vilão bem definido, mas já em 2004 esse era o primeiro passo para um
longo e divertido caminho e aparentemente foi Del Toro quem o deu.
Ang Lee não é um diretor talhado para dirigir um filme de quadrinhos, o Hulk de Eric Bana
entretanto é um filme bem razoável apesar de ser duramente criticado
por todos, é um perfeito filme de quadrinhos feito por quem não entende
tanto assim da mídia.
Talvez o maior de todos os defeitos do Hulk de Ang Lee seja o fato do monstro esmeralda em si ser muito mal feito, o Hulk
parece um bonecão digital sem peso que nunca convence que é realmente
real e isso prejudica demais o longa, afinal, se não acreditarmos no
protagonista nada mais fica credível.
Mas quando você tenta relevar isso, há muitas coisas boas a se achar no Hulk de 2003, e eu incluo aí Jennifer Connelly e até (vejam só) Eric Bana que faz um Bruce Banner razoável.
Mas como eu disse que Ang Lee
não entende bem a mídia, ele não sabe que um bom super-heróis precisa
de um bom super-vilão e não há nada semelhante a um bom vilão nesse
filme, isso também ajuda a ferir a experiência.
O problema da Phoenix foi muito mal explicado em X-Men 3, Jean Grey vinha com uma interessante promessa do último X-Men
e por mais que uma entidade alienígena não pudesse ser explicada em um
filme de 2 horas que jamais mencionou alienígenas antes, ao menos tudo
poderia ter sido um pouco mais bem feito.
A
ideia do filme focar na cura mutante seria um tema mais interessante
abordado em total escala, Jean e a Cura ao mesmo tempo ficou complexo e
confuso demais para desenvolver a história e vamos ser honestos, Brett Ratner não é um diretor competente o suficiente para conduzir tantas coisas ao mesmo tempo, ele mal consegue conduzir Jack Chan e Chris Tucker ao mesmo tempo, imagina uma ideia épica como essa.
Mas
a verdade seja dita, os poderes da Jean são impressionantes e
assustadores no filme, ao menos isso foi muito bem conduzido, uma pena
que Ratner tentou um “goes for break” com o filme e acabou realmente
quebrando a franquia, que precisou de um filme inteiro de Bryan Singer agora, com X-Men – Dias de um futuro Esquecido, para consertar a história, ou ao menos tentar.