Middle Earth: Shadow of Mordor | Crítica

Na minha humilde opinião, um dos melhores jogos desse ano! Terra-Média: Sombras de Mordor (seu título traduzido) traz um protagonista chamado Talion, um guardião como Aragorn, que fica de guarda no Portão Negro em Mordor. Os orcs invadem o local e após uma cena chocante dele e da família morrendo, um espectro se une ao seu corpo e juntos partem em busca de vingança. Assim começa o game e, como é de praxe em minhas críticas (ok não foram muitas mas...) vamos começar falando do visual.
Mas mesmo o gráfico sendo bonito o jogo é ambientado em Mordor então beleza, pelo menos no ambiente, é difícil de encontrar já que quando não é deserto e pedras são ruínas e terrenos desolados. Porém os rostos, animais e orcs são muito bem feitos, falando em orcs...

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São muito, mas muito bem feitos! Não apenas no seu visual, mas modo de andar, falar, sotaques, até a dublagem deles é excelente. Há uma hierarquia entre eles com chefes e capitães, derrota-los além de dar xp, você ganha runas que aumentam o poder das suas armas e pontos de Poder que servem para liberar mais habilidades na sua árvore de skills. Espalhados pelo mapa há sidequests envolvendo-os como lutas pelo poder, banquetes e caça nas quais eles próprios podem ganhar level (sim eles também podem upar) e você pode invadir tais eventos e executa-los. Mas não podemos falar de orcs sem mencionar o sistema de combate, já que mata-los é a coisa que mais se faz nesse jogo.

Existe uma variedade grande de ataques, finalizações e movimentos que seu personagem é capaz de realizar, porém os controles são fáceis e muito fluídos. A sua abordagem pode variar de furtivo para combate aberto e há alguns detalhes a se considerar por aí. No furtivo, usa-se principalmente a adaga (são três armas: espada, arco e adaga) mas o modo como Talion executa seus alvos é extremamente barulhenta que por alguma razão os caras em volta não ouvem! Por falar neles, basta entrar no modo furtivo e os orcs automaticamente ficam cegos, surdos e burros, além da amnésia instantânea de que sofrem, bastando você sair de seu campo de visão que eles esquecem na hora (nem preciso citar o que acontece quando eles veem um corpo).

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Em combate aberto a situação muda. Existem orcs de patente e classes diferentes na qual é necessária adaptação por parte do jogador para enfrenta-los, porém não significa que não há coisas estranhas nisso também. Quando se está em combate direto com eles você pode enfrentar de 10 a 15 orcs de uma vez só, porém, apenas dois por vez te atacam. Ocorre uma variação em quem vai te atacar (por exemplo um besteiro e um orc, depois um berserker e um uruk-hai e assim por diante) mas não deixa de ser esquisito dois caras lutando contra você e aquela galera em volta gritando e torcendo como num jogo de futebol. Bem diferente dos orcs é o protagonista e não é apenas por ele ser humano/espectro.

Visualmente eles (falo eles me referindo também ao espectro) são muito bem feitos, a movimentação achei um pouco mecanizada mas nos combates os movimentos são muito bons, então qual é o problema deles? Eles não possuem carisma. As histórias deles podem ser trágicas e tal mas isso por si só não define eles, poucos diálogos entre os mesmo ao longo do jogo também me incomodaram já que eles só se falam quando é absolutamente necessário, é como se o chefe do Talion estivesse dentro dele! Falta de carisma não é exclusividade do principal, outros personagens que aparecem no decorrer do game são tão superficiais quanto ele e não geram muita empatia, com exceção de dois.

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O mapa do game é divido em duas partes mas não muito grande. Existem torres nas quais pode-se liberar a área tornando visíveis os colecionáveis (ithildin e artefatos) e sidesquests de lendas de armas e salvar escravos além de liberar a viagem rápida. Mesmo sendo opcional boa parte das missões do game, na minha opinião, é recomendável upar até certo ponto, principalmente caçando capitães. Por que? Em dado momento do jogo (relaxa não haverá spoiler) os inimigos vão ficando mais desafiadores, se não houver um certo número de skills liberadas, pode faltar recursos para tais batalhas, lembrando que essa é minha opinião. A trilha sonora do game é excelente assim como a dublagem brasileira e os menus na versão PC, nas configurações, são muito bem detalhados.

Foi uma experiência ótima jogar Shadow of Mordor, ou seja: divertido, desafiador e boas lutas. Middle Earth Shadow of Mordor conseguiu usar mecânicas já consagradas em jogos e criou sua identidade, fãs ou não de O Senhor dos Anéis, este é um jogo muito recomendado.
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