Vale a pena assistir a série do Constantine?
Tempo
é uma moeda rara pra muita gente. Por isso muitas vezes eu procuro um
review ou mesmo a opinião de amigos antes de decidir acompanhar uma
série. Muita gente também não gosta de se decepcionar, por isso quando é
possível evitar algo ruim porque não fazê-lo?
Por isso decidi quebrar o galho de vocês e escrever uma introdução à série do Constantine
e dizer se porque ela deve (ou não) ser assistida, especialmente agora
que a NBC deixou de encomendar uma temporada completa, a primeira
temporada terá só um pouco mais do que a metade do que era planejado e a
segunda temporada está incerta. Então quanto mais pessoas assistirem ou
deixarem de assistir a série, mais peso para a balança do cancelamento
ou renovação da mesma.
Para começo de conversa vou dividir a análise em duas partes: uma pra quem nunca ouviu falar dos personagens e outra pros fãs.
Pra quem nunca ouviu falar:
John Constantine é um
“exorcista e mestre das artes das trevas” criado por Alan Moore na DC
Comics, mais especificamente no selo Vertigo que publica histórias mais
sombrias e sérias voltados para o publico adulto. Sua primeira aparição
foi no quadrinho Monstro do Pântano, sendo apenas um coadjuvante, porém ele veio a ganhar sua própria revista intitulada Hellblazer.
Constantine tem
histórias cativantes por ser um personagem que resolve tudo na lábia e
no jeitinho usando sempre de sua personalidade forte e se valendo de uma
inteligência que o faz parecer o “Batman dos Magos”. Além disso, o ar
de rockstar do personagem (que foi inspirado no cantor Sting) ainda mais
carismático ao contrário do personagem interpretado pelo quase
inexpressivo Keanu Reeves no filme “Constantine” de 2005.
Pra quem já conhece:
O maior medo dos fãs de Constantine
sempre foi a “adaptação”. Os quadrinhos são muito sombrios e violentos,
fazem críticas sociais e religiosas pesadas e o filme de 2005 não fez
muito sucesso entre os leitores.
Logo quando se anunciou uma série pra TV
inspirada nessas histórias o maior medo sempre foi a redução do teor
adulto da narrativa ou até mesmo uma simplificação do enredo para o
público geral.
O veredito:
A verdade é que a série adapta muita coisa dos quadrinhos e traduz boa parte do enredo para o público geral.
No entanto, os artifícios usados pelos
roteiristas nessa “tradução” têm sido muito eficazes até o momento, pois
não têm ferido o cânon dos quadrinhos.
Sim, muita coisa foi mudada e adaptada,
mas pontos-chave como os easter eggs que fazem referência direta aos
quadrinhos, ou até mesmo o fato de não explicarem certas coisas
conseguem criar uma série que não deixa o público geral perdido nem
ofende aos fãs dos quadrinhos.
Aliás, aos fãs é necessário dizer que
muita coisa foi sim suavizada, mas boa parte da culpa dessa pegada “mais
leve” é da linguagem da TV.
Tendo este ponto em foco acredito que
tanto os fãs do personagem quanto os apreciadores de séries em geral
irão se satisfazer com a história do mago mais legal dos quadrinhos… E
quem sabe também não se torne o mais legal da TV?