10 coisas que você precisa saber para começar a assistir Doctor Who
A série Doctor Who vai completar nada menos que 50 anos de existência, e no dia 23/11 vai sair mundialmente um episódio especial da série comemorando essa data, mas aqui no Brasil a série não é tão popular quanto no resto do mundo e se você ainda não conhece a série, acredito que não deve estar entendendo nada sobre o que é esse Doctor Who que tanto se fala agora.
Como nós do EdenPop sabemos que vale realmente a pena acompanhar a série, separamos aqui uma lista com 10 coisas que você precisa saber para começar a assistir Doctor Who para entender completamente do que se trata e é claro, quem sabe agente te convence de fato a assistir e sair desse “vou ou não vou” que você pode estar agora.
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Como falamos, é uma lista para quem não acompanha e não conhece a série, então pode soar um pouco simples para aqueles que são fãs, mas não vamos querer assustar os neófitos com toda a complexidade dela não é? Ops... vocês não leram isso...
Vamos a lista:
Sim, a série inglesa, Doctor Who, existe a 50 anos, fazendo o aniversário de meio século esse ano, mais especificamente no dia 23 de Novembro de 1963, ou seja, faz aniversário no dia em que esse post está sendo publicado.
Na época o chefe da divisão de dramas da BBC, Sydeney Newman e Wilson Donald, com C.E. Webber foram os principais responsáveis pela produção da série, que na época tinha um caráter familiar e educativo, com novas ideias cientificas sobre viagem no tempo e no espaço, explicada de forma simples, além de explorar momentos importantes da nossa história.
A produção da série nos primeiros anos era precária, os episódio tinham em média 25 minutos e eram gravados em filme de 16mm, com maquiagens e efeitos especiais que beiravam o amadorismo (não que isso tenha mudado muito). Apesar de tudo isso, a série não poderia ser mais bem sucedida, já que a audiência e a mídia adoravam a mesma.
O primeiro grande surto de burburinho de Doctor Who foi no episódio de apresentação dos Daleks, que falaremos posteriormente.
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Apesar de todo o sucesso que a série fazia no inicio, depois de 26 temporadas transmitidas pela BBC a queda do número de espectadores era perceptível, o que levou ao inevitável corte da série em 1989.
Além da baixa audiência, a BBC estava em um impasse, já que outras séries do mesmo estilo Norte-Americanas eram muito mais bem produzidas e sofisticadas do que Doctor Who, que não tinha como competir com elas tecnicamente.
Em 1996, uma tentativa de trazer a série de volta em forma de um filme para televisão foi feita, em parceria com a Fox e a Universal, mas embora a audiência na Inglaterra tenha sido imensa, nos EUA que era o publico de interesse dos estúdios, o filme foi um fracasso.
Nesse meio tempo a marca Doctor Who não ficou parada, pois diversos livros e áudio-dramas foram feitos com novas histórias, ainda que uma série de TV só tenha voltado a acontecer em 2005, quando Russel T. Davies, um dos escritores que atuaram nas primeiras 26 temporadas, reviveram a série dando o papel do Doutor a Christopher Eccleston.
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Antes de qualquer coisa você deve saber que muitos mistérios cercam os tais Doutores! No começo da série só se sabia que ele era um extraterrestre viajante excêntrico, dono amplo conhecimento sobre as mais diversas matérias. Ele também pode ser considerado um tipo de renegado da própria espécie, Os Senhores do Tempo, vindo do planeta Gallifrey e na constelação de Kasterborous.
Sem nunca ter o nome revelado, o Doutor também tem a capacidade regeneração do seu corpo, evitando assim a sua morte, conceito esse que foi inserido em Doctor Who em 1966, quando William Hartnel, o primeiro Doutor deixou a série por problemas de saúde e os argumentistas queriam dar continuidade ao projeto. Essa então se tornou uma das características principais da série, e tal “artifício” é utilizado sempre que necessário. Atualmente a série se encontra prestes a apresentar a estreia do seu décimo segundo Doutor, que será vivido pelo ator e diretor escocês Peter Capaldi, de 55 anos.
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A constante mudança quanto ao protagonista da série também pode ser considerada como um dos grandes elementos de sucesso da série já que o público de vez em quando tem a oportunidade de ver uma nova atuação em um mesmo papel. E é claro, se não fosse esse elemento chave Doctor Who não estaria a tantas décadas no ar.
Tabela atualizada:
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Companions, ou apenas Companheiras (os) em português, são as pessoas que viajam com o Doutor pelo espaço e tempo. Basicamente a série tem essa necessidade, assim como o personagem dela.
Explico, o Doutor é um Senhor do Tempo, que já viu praticamente de tudo e suas viagens, sem uma companhia, seriam incrivelmente chatas para os espectadores, pois como entenderíamos por exemplo, o que é o Rosto de Boe, apenas olhando o Rosto de Boe? Facil, o Doutor tem sempre um companheiro humano para quem explicar o que é algo novo, quando eles veem esse algo, um mero artificio básico de roteiro que acabou virando uma marca da série.
Para disfarçar o artifício internamente na trama, o Doutor é o último de sua raça e como não tem muito o que fazer da vida, fica viajando e resolvendo os problemas que surgem em suas viagens, mas obviamente viajar sozinho nunca é bom, especialmente para alguém solitário como ele, por isso está sempre procurando companhias para viajar, algumas duradouras e importantes como Rose Tyler e Amy Pond, outras mais rápida como Mickey e Jason, isso só para mencionar a série mais novo.
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Um dos ícones principais da série, a TARDIS (Tempo e Dimensão Relativas no Espaço) é uma mistura de nave espacial com máquina do tempo. Com cara de cabine de polícia londrina, devido a um defeito no seu sistema de camuflagem a TARDIS é capaz de levar seus passageiros para qualquer lugar no tempo e espaço e esconde um imenso interior, com inúmeras salas. Além disso, também é importante salientar que a tal “nave” foi produzida pelos Senhores do Tempo e depois roubada pelo Doutor no planeta Gallifrey (planeta do Doutor e dos Senhores), sendo a única no universo após a extinção dos seus criadores.
A princípio a TARDIS, com seu “circuito camaleão” trocaria de forma a cada episódio, se adaptando assim a cada novo ambiente, só que como a BBC não iria conseguir bancar tantas mudanças acabou ficando a “desculpa” de que a máquina teria quebrado, como foi dito acima. Outro ponto curioso é que o som da aterrisagem é o mesmo desde 1963 e foi criado a partir de uma chave sendo raspada na corda de um piano.
A TARDIS também já pôde ser vista na forma de órgão de igreja e guarda-roupa, mas sempre voltou a forma de cabine.
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Dentre os muitos inimigos do Doutor, o mais famoso deles provavelmente são os Daleks. Criaturinhas asquerosas que se assemelham a uma lula e que vivem dentro de uma armadura de guerra (que se assemelha a uma lixeira) quase indestrutível e que falam através de gritos robóticos extremamente característicos, especialmente o “jargão” deles, se é que podemos chamar assim; EXTERMINATE!!!
Os Daleks nasceram por acaso na trama, na verdade, por muito pouco eles não existiriam na série. Em 31 de julho de 1963 David Whitaker, editor de histórias, pediu a Terry Nation um roteiro, que acabou contendo as primeiras versões do que hoje são os Daleks, mas o roteiro foi sumariamente rejeitado pela BBC, porque a série não deveria conter “monstros de olhos esbugalhados”, contudo depois que a primeira temporada acabou, com extremo sucesso a pressa de começar uma segunda acabou obrigando o uso do roteiro cortado com os Daleks, porque era o único roteiro pronto para ser filmado. Apesar de ninguém gostar da ideia do roteiro, os Daleks culminaram na maior época de Marketing para a série e se tornou um dos maiores ícones da mesma.
Além dos Daleks, o Doutor tem outros inimigos icônicos na série, como os Cybermen, os Weeping Angels e até mesmo O Mestre, que é o equivalente ao Doutor Moriarty de Sherlock Holmes. Todos esses inimigos são parte do sucesso da série tanto quanto os Doutores e as Companions.
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Como não poderia ser diferente Doctor Who também tem nomes fortes em sua ficha técnica, no caso em sua produção. Entre a galera que faz parte do time do “por trás das câmeras”, temos Steve Moffat, escocês e que também tem como ocupação ser roteirista. Por conta da série Moffat já abocanhou prêmios como o BAFTA e é o produtor executivo do programa desde 2010 ao lado de Brian Minchin, ano da estreia do décimo Doutor. Além disso, ele é um fã assumido do seriado e é o criador do também famoso seriado, Sherlock.
Outro nome conhecido que também colaborou com Doctor Who é Russel T. Davies, galês e também roteirista que foi responsável pela fase de renovação da série em 2005 e também criou dois spin-offs da série: Torchwood (2006) e The Sarah Jane Adventures (2007).
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A série Doctor Who vem sendo muito importante para a cultura inglesa nesses 50 anos de existência e têm marcado muito a vida dos ingleses nessa jornada. Dificilmente encontraremos um inglês que não conhece ou não gosta da série (pra dizer a verdade isso é praticamente impossível).
Muitas das obras do cinema, televisão, entre outras coisas inglesas tem grande influência de Doctor Who. Gerações de profissionais da televisão britânica cresceram assistindo a série e usam muitas das coisas que aprenderam na série em suas produções.
A série vem servindo como influencia para as pessoas em geral por lá, desde as já idosas que acompanham a série desde o inicio e até as crianças, já que a série continua viva e vem fazendo cada vez mais sucesso.
Além de ter uma grandiosa influencia na cultura inglesa, a série alcança outros lugares do mundo e é tida como favorita de muitas pessoas.
Doctor Who vem recebendo vários tipos de homenagens já há muito tempo. Se você acessou o Google hoje, pôde ver a homenagem feita ao 50° aniversário da série. E, além disso, o próprio Google escondeu um Easter egg no Street View que permite que os usuários naveguem por dentro da TARDIS. Para isso é necessário navegar pela Earl's Court Rd em Londres e executar um comando em uma cabine de polícia, e ai o usuário consegue entrar na nave.
Além do Google, a série vem sido usada como referência em vários outros meios, como em outras séries como The Big Bang Theory, Simpsons e Criminal Minds, por exemplo.
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A série Doctor Who tem inúmeros fãs importantes, muito provavelmente alguém que você adora assisti Doctor Who religiosamente, só para fazer uma lista rápida temos Neil Gaiman, Rainha Elizabeth II, Peter Jackson, Steven Spielberg, Matt Groening, Bob Dylan, Craig Ferguson, Matthew Bellamy, Trey Parker, Mark Gatiss, David Tennant e muitos outros.
Esse último nome que eu mencionei, David Tennant, pode soar estranho na lista de fãs, afinal ele é o Decimo e o mais querido dos Doutores, mas ele sempre foi um fã de longa data da série, muito antes de participar dela, de fato, Tennant disse em uma entrevista que o papel do Doutor era a maior ambição que ele tinha na sua carreira... alguns anos depois essa ambição foi atingida.
Neil Gaiman é outro que já declarou publicamente que ama a série, ela fazia parte do plano de vida de Gaiman antes de ele virar o escritor de sucesso que se tornou, em seu plano havia “Escrever um episódio de Doctor Who”, bem, esse é mais um que conseguiu a façanha.
Quem ainda não conseguiu foi Peter Jackson, que se voluntariou para dirigir um episódio da série de graça, alias, não de graça já que ele fez uma exigência... um Dalek! Isso mesmo, o pagamento de Jackson para dirigir a série seria um Dalek, isso ainda não aconteceu, mas eu não duvido nada que em breve acontecerá, afinal, como a BBC vai perder essa oportunidade.
Eu poderia escrever um texto enorme sobre cada fã da série, mas acho que para terminar podemos falar do fã mais inacreditável que a série tem, A Rainha Elizabeth II. Apesar de a informação de que ela é fã não ter saído de suas próprias palavras, afinal ela é um Lobisomem que não pode ficar falando por aí o tempo todo (como diz a série), dizem vários tabloides que ela acompanha e compra diversos produtos licenciados da série. Talvez ela ser fã da série venha da brincadeira que a série faz o tempo todo com as ancestrais dela, que na verdade são sempre vistas como inimigas do Doutor e como criadoras do instituto Torchwood.
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Depois de ler tudo isso, é difícil você pelo menos não se interessar sobre a série. Mas e agora, como assistir? Você não vai querer acompanhar 50 anos de série, eu pelo menos imagino que você não queira.
O ponto ideal para assistir na minha opinião é o episódio 1 do Reboot da série, o episódio se chama Rose, em referencia a Rose Tyler o nome da primeira Companion da nova série. Rose é, se você contar episódios duplos como 1, o 157° episódio da série, mas provavelmente deve ser o primeiro a assistir. Nele o Doutor interpretado por Christopher Eccleston conhece Rose Tyler, interpretada por Billie Piper e a história dos dois termina lindamente bem no último episódio da temporada seguinte, Doomsday, já com David Tennat interpretando o Doutor.
Contudo, eu não considero a terceira temporada um bom ponto para se começar, se você quer realmente ver só a partir de agora, no lugar de começar com a primeira temporada de 2005, ou mesmo com a 3° de 2007, o ideal seria você começar com o episódio Eleventh Hour da 5° temporada de 2010, pois é o primeiro episódio com Matt Smith como o Doutor e também introdução para diversas histórias interessantes, que incluem Amy Pond, uma das mais queridas Companios que é interpretada por Karen Gillan, a vilã de Guardiões da Galáxia, próximo filme da Marvel.
Para assistir isso, você pode assinar a Netflix, se é que você já não tem, lá estão todos os episódios da 1° até a 6° temporada (atualmente a série terminou a 7° esse ano e a oitava começa ano que vem). Na BBC Brasil a série também é exibida. É claro, se você realmente gostar da série ao ponto de achar que precisa assistir as outras 26 temporadas, sempre há meios de achar esses episódios por aí.
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Mas e então, se interessou pela série e está pronto para viajar na Tardis com o Doutor e sua Companion? Vamos começar então, Allons-y!!
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