Batman: Arkham City | Crítica
E uma boa notícia para o consumidor brasileiro: a versão nacional de Arkham City vem com legendas em português e um gibi bem legalzinho. Além de um código para baixar o Robin e (é claro) um outro para baixar a mulher-gato.
Infelizmente, não pude testar a campanha do Mulher-Gato, logo, vou falar apenas da parte do jogo em que usamos o Batman mesmo.
O jogo começa nos colocando no controle de (veja bem), Bruce Wayne. Acorrentando e sendo esmurrado por dezenas de presidiários de Arkham City. Mas não leva muito tempo até que você vista o tradicional uniforme do Homem-Morcego. A primeira missão é resgatar a Mulher-Gato do tribunal do Duas-Caras. Um breve tutorial, e depois disso, Arkham City pode ser explorada do jeito que você bem quiser.
Mas não se engane, a cidade não é tão grande quanto alguns estão dizendo. Arkham City é apenas um pedaço de Gotham. De dentro do presídio (caso você suba em alguma edificação relativamente alta), você pode ver inclusive o prédio das Indústrias Wayne lá fora.
Porém, Arkham City realmente é um lugar bem perigoso. É cercado por muros colossais e vigiado por Helicópteros muito bem armados (caso você não seja avistado por eles, pode usar o bat-gancho para fazer um belo passeio aéreo). E a população do lugar não é das mais amistosas, mas também não se pode esperar muito de um lugar que tem mais criminosos por metro quadrado do que qualquer lugar no planeta inteiro.
Há varias missões secundárias espalhadas por Arkham City, como as do Charada, que se tornaram bem mais violentas e sinistras nesse game. Vários outros vilões icônicos do Morcego (como o Pinguim e o Senhor Frio), também marcam presença no jogo, alguns com menos destaque do que mereciam.
Mas agora, o ponto mais importante: é divertido? Muito! Principalmente quando você pode bancar o predador e eliminar capangas um por um. Isso no começo é meio complicado, mas depois de um tempo você pega o jeito. O mais divertido nisso tudo é pendurar os criminosos de cabeça para baixo e deixá-los de aviso para os outros que o encontrarem. Usando o modo detetive, vemos seus batimentos cardíacos acelerarem, e eles começam a apontar suas armas para qualquer coisa que se mecha.
Conforme a campanha avança, você também acaba ganhando alguns brinquedinhos novos. Um dos mais interessantes é o desativador de armas de fogo. Ele demorar um pouco para recarregar depois de usado, mas funciona da seguinte maneira: Você segue até um grupo de capangas com armas de fogo e usa seu bat-gadget para desativá-las. O melhor de tudo é que eles não percebem isso, e quando sua sombra aparece diante deles, o instinto é: apertar o gatilho! E sofrer uma enorme frustração.
Porém, um ponto negativo que devo destacar são os combates corpo a corpo. O foco de Batman: Arkham City, é sim na furtividade. Mas os combates poderiam ser um pouco mais elaborados, já que, depois de algum tempo, se torna maçante ver os mesmos golpes e mesmas finalizações. É claro que você pode, por exemplo, chamar uma revoada de morcegos para atordoar os adversários, ou jogar uma bomba de fumaça e distribuir porrada sem que ninguém consiga te ver. Mas de qualquer forma, poderiam ter melhorado essa parte.
Eu joguei no Normal, mas ainda assim, achei os chefões bem fáceis para essa dificuldade. Destruir o Grundy, por exemplo, é uma tarefa bem mais fácil que deveria ser. Tudo bem, no jogo, somos o Batman! Mas se o Superman apanha bastante do monstrengo, o Bruce Wayne deveria sofrer bem mais. Entretanto, não podemos negar: enfrentar os chefões é uma tarefa bem divertida e um dos pontos altos do jogo, já que é nesses momentos em que se quebra a repetição dos combates contra capangas normais.
A história do jogo é muito boa, mas o final me decepcionou um pouco e me pareceu meio forçado. A participação do Coringa foi bem menor, mas teve um excelente final. O mesmo não pode se dizer do Strange, não vou falar Spoilers, mas quem zerou o jogo sabe do que eu estou falando.
Agora a minha principal crítica vai para as missões secundárias. Realmente, elas não conseguiram me empolgar, principalmente depois do intenso final da campanha. Derrotar o Zsasz envolve simplesmente correr atrás de telefones e mais telefones. Prender o Pistoleiro é impressionantemente fácil. Isso sem falar na infinidade de colecionáveis e troféus do Charada que temos que buscar. A Rocksteady poderia ter criado uma campanha maior para o jogo e se concentrado menos nas missões secundárias e colecionáveis.
Por fim, Arkham City é um excelente jogo, e você vai querer terminá-lo mais vezes. Recomendo não só para os fãs do Morcego, mas para qualquer um que goste de jogos de ação e aventura. E que venha o próximo!