Fez | Crítica

Olá, estou aqui de volta para…falar de videogames… Queria o que? Física quântica? Infelizmente não posso ajudá-lo nisso, sou apenas um reles contador de caso. Tente o globo ciência, embora eu ache que eles não sejam qualificados nem pra amarrar os próprios sapatos, quanto mais pra isso. Mas divago…


Então, hoje vou falar de mais um joguinho indie! Ou não… Torchlight é considerado indie? Alguém pode me esclarecer sobre o assunto?…



Ninguém?


Bem, então fica como indie mesmo. O que acaba promovendo FEZ como o segundo do gênero sobre o qual falarei. E o segundo que tem na Xbox Live! Até porque, eu tenho um Xbox 360 e esse jogo só tem lá… Ah, foda-se! Vamos logo ao assunto!


FEZ é um jogo que todo mundo babou e rebolou loucamente para o conceito quando apresentado, menos eu. Sim, não fiz nada disso pois estava ocupado demais matando russos em Call of Duty: Black Ops ou morrendo de raiva do Hope em Final Fantasy XIII, não importa. O fato é que ouvi falar muito pouco deste jogo até seu lançamento, quando os níveis de babação para ele atingiram níveis tão estratosféricos que até eu fui obrigado a perceber. Então, no mesmo dia que comprei Torchlight para 360, peguei ele com o resto de créditos que tinha.


Sim, só peguei o jogo pra aproveitar pontos restantes, me processe. Aposto que você já fez isso quando tinha 12 anos e foi com seu pai numa loja de jogos e só tinha dinheiro pra comprar sei lá, Shadow of the Colossus. Não fez?… Tô exagerando?… Enfim, só estou dizendo isso para ilustrar o fato de que, apesar de tê-lo pego como uma escolha secundária, o jogo é espetacularmente foda!. Satisfeito agora? Ótimo. Agora cale a boca e me deixe terminar, sim?


Continuando… FEZ usa em sua mecânica movimentação em duas e três dimensões simultaneamente. E isso faz parte da história do jogo!


Vamos explicar melhor!


Você é Gomez, o bonequinho pixelizado bonitinho e branquinho do jogo. Ele vive num mundo 2D, com personagens 2D e ambiente 2D e todo mundo acha que o mundo sempre foi assim. Num belo dia, Gomez é apresentado à VERDADE!!! O mundo todo é regido por um cubo mágico e Gomez só podia ver ele em duas dimensões até agora. Até agora… Porque no momento que sabe disso, o tal cubo se parte em milhões de pedacinhos e cabe ao nosso bonequinho sair pelo mundo juntar todos.


Contei que depois disso ele recebe um chapelzinho fez, e que por isso o jogo se chama FEZ? Detalhe besta…



Crítica: FEZ, rodando até o fim do universo!
O raciocínio do jogo é mais ou menos assim. Ah, este é um conceito, não o jogo em si.

Uma vez imbuído do chapeuzinho, Gomez recebe o poder de ver as outras dimensões do mundo. No caso, poder rotacionar a área para ver as outras faces. Contudo, ele nunca deixa de ter uma movimentação totalmente side-scroling (frente, trás, cima, baixo). O objetivo do jogo, claro, é encontrar os pedaços desaparecidos do cubão. Para isso temos que vasculhar todas as áreas possíveis usando essa capacidade de girar a coisa toda, pois os pedaços podem estar invisíveis dependendo do ângulo. Mas aí você começar a xilicar e grita: “Cacete, vou ter que procurar cubinho amarelinho escondido nas areazinhas fofas? À merda, vou jogar Gears of War!” Vai lá, se você gosta de super machos atirando em alienígenas que parecem ter mais testosterona que um lutador de luta livre em dia de revanche. Como eu sou fresco, prefiro o Gomez…


Então temos cenários que giram, mostrando todos os seus lados, enquanto o protagonista só pode se mexer como se vivesse em duas dimensões? E o que isso acrescenta à jogabilidade? Ora, tudo! Você tem que ser esperto para encontrar os caminhos que te levam até os cubos. Muitas vezes, esses caminhos estão escondidos atrás de alguma plataforma que você não moveu ou um ângulo não visto direito. É bem interessante. E as áreas variam da vila ensolarada e verdinha do começo do jogo, passando por cidades noir e esgotos, até coisas completamente porra-loucas que eu não sei como definir até hoje. Isso sem falar que tudo continua com um tom muito relaxante. Perfeito para descansar do Gears of War!


Cada vez que você encontra um certo número de cubos, eles te dão direito a abrir uma passagem para uma área completamente nova e com novos quebra-cabeças. Algumas áreas são um mistério insondável, pelo menos pra minha cabeça de vento, pois não tem nada lá. Não tem cubos, nem coisa nenhuma que tenha algum valor à primeira vista. Numa olhada rápida no gamefaqs ( não faça essa cara, sei que você também olha!), parece que esses lugares tem uma importante relação com o gameplay, além de ligar as mensagens espalhadas por todo o jogo. Mensagens essas que eu não entendo por serem um monte de desenhos sem sentido!


Agora sua mãe tem um motivo pra chamar FEZ de jogo do capeta. Tanta fofura não podia sair impune!


Por fim, o jogo foi elogiado brutalmente como disse no começo. E também recebeu vários prêmios em festivais indies. Eu iria falar sobre cada um deles, mas isso me custaria mais um parágrafo, então postemos a página oficial do jogo. Tá tudo lá, e ainda tem uns vídeos muito legais de gameplay!


Então, se você tem um Xbox 360 e 800 microsoft points disponíveis, pegue esse jogo agora! Será uma das melhores experiências que um videogame pode te proporcionar!

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