Os 10 melhores jogos de 2015
Mais um incrível ano para os games da
Nova Geração, que eu acho que já é bastante seguro de ser chamada de
“Atual Geração” de consoles. O ano de 2015 trouxe jogos incríveis, tanto
de Playstation 4, Xbox One e PC quanto indies e até, surpreendentemente, da Nintendo.
A nossa lista conta com pelo menos um exclusivo de cada uma dessas
plataformas e dois indies num ano de certezas absolutas e grandes jogos
como The Witcher 3: Wild Hunt e Fallout 4.
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Será que seu jogo favorito está entre os
10 melhores da nossa lista? Deixe nos comentários o que você achou das
nossas escolhas e é claro, deixe sua própria lista nos comentários, nós
adoraríamos ver a sua opinião e saber quais os games que mais agradaram
vocês esse ano.
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Vale mencionar que nós temos uma regrinha para esse top 10, nós não consideramos remakes ou remasters
de jogos anteriores, nem DLCs, embora as DLCs influenciem na escolha de
um jogo em detrimento de outro, como o caso do nosso 4° lugar da lista
que ganhou uma expansão extraordinária nesse ano.
Lembrando também que a nossa lista com
as 10 melhores séries e os 10 melhores filmes já estão no ar e vocês
podem conferir nos links RELACIONADOS nessa introdução, assim como um
preview de tudo o que você terá que jogar em 2016 que vai sair em breve.
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Mas chega de papo e vamos a lista:
Os 10 Melhores Jogos de 2015
A Casa Forrester, uma pequena vírgula na enorme e interminável literatura de George R.R. Martin ganhou um tratamento para os games da incrível Telltale Games. Apesar de alguns críticos terem afirmado que o Game of Thrones
é uma obra menor do estúdio, talvez por sua formula já estar ficando
batida, eu discordo e acho que a formula atingiu o ápice nesse jogo.
No papel da família Forrester, dentro do mundo deplorável da série da HBO,
nós literalmente descobrimos como é viver sob os constantes perigos e
tensões da série, com nossos personagens morrendo a cada erro e
condenando outros a morte porque simplesmente não pensamos em todas as
consequências. A mera presença de Cersei Lannister ou Ramsay Snow é o suficiente no jogo para nos deixar tensos, e o roteiro tem a qualidade Telltale Games que dá a credibilidade a esse mundo que já conhecemos.
No fim do conto dos Forresters,
com a promessa de uma 2° temporada, é impossível não se sentir ligado a
essa família e já considerá-la uma das nossas favoritas nesse mundo
horrível cheio de personagens incríveis. Mas uma dica, cuidado ao se
ligar a personagens favoritos, pois estamos no legítimo mundo de Game of Thrones!
Quem nunca quis ser astronauta? E quem nunca quis ser engenheiro espacial? Bem, se você já quis isso Kerbal Space Program
é o jogo para você. Um game indie que certamente ganha o título de
maior destaque na categoria dos últimos anos é um simulador de
construção espacial que nos permite coisas impensáveis em outros games,
tudo com a mistura perfeita de uma física realista, mas muito
simplificada e ao mesmo tempo numa ambientação boba.
Você só precisa tentar colocar um foguete no espaço para entender o quão divertido Kerbal Space Program
pode ser, quando você já estiver com construções avançadas e funcionais
o suficiente para entrar em orbita e começar a imaginar como fazer para
chegar a Lua, e aos planetas mais próximos, você vai começar a notar o
quão viciante e consumidor de tempo Kerbal pode se tornar.
Apesar de ter alguns modos diferentes, como o modo carreira, Kerbal
funciona bem mesmo no modo sandbox, te permitindo testar de tudo e
fazer o que quiser logo de cara, embora um modo misto não fosse nada
mal. KSP foi prometido para consoles e eu mal posso esperar para tentar jogar ele em minha telona.
Não há necessidade de se explicar o que é Mortal Kombat para nenhum gamer e especialmente não há necessidade de se explicar o que Mortal Kombat X significou para o estilo de luta que está(va) cada vez mais ficando para trás no gosto dos jogadores em geral.
Embora Street Fighter 4 e até mesmo o 9° Mortal Kombat tenham trazido certa fluência para a inevitável mescla dos gráficos modernos com a jogabilidade 2D, Mortal Kombat X
elevou essa mistura ao máximo com uma jogabilidade dinâmica e fluída,
com personagens diferentes e bem divertidos de se jogar, além é claro,
de trazer de volta o excesso absurdo de violência que fez da série um
sucesso em sua época de ouro.
As DLCs de personagens de Mortal Kombat X
continuam chegando e por incrível que pareça fica cada vez mais
tentador entregar um pouco mais de dinheiro a Warner para jogar com cada
vez mais personagens bacanas, alias, já viu os novos que serão
adicionados?
A Nintendo
aparentemente se cansou de produzir o mesmo jogo cinco vezes por ano e
teve a genuinamente brilhante ideia de deixar você produzir por ela, daí
surgiu Super Mario Maker, game que te permite criar fases com todos os features dos primeiros games da milionária franquia.
O resultado dessa ideia é diversão pura. Muitos dos jogadores e porque não criadores de Super Mario Maker se provaram mais criativos que a Nintendo
(não é lá dos maiores desafios) e conseguiram criar fases desafiadoras e
brilhantes do game, além de diversas formas novas de se usar a engine
já batida dos velhos Mario.
Se você já está cansado da Nintendo, talvez valha a pena tentar Super Mario Maker, quem sabe isso muda a sua ideia.
Quem olha rapidamente para Ori and the Blind Forest deve imaginar que o jogo não passa de mais um daqueles games de plataformas artísticos, semelhante a Valiant Hearts,
onde o gameplay importa zero e é meramente uma desculpa para você
assistir a história nas cutscenes entre uma parte jogável e outra. Quem
pensa isso não pode estar mais errado.
Na verdade Ori and the Blind Forest é um game de plataforma tão desafiador quanto os antigos games do estilo, como Megaman e Metroid,
com fases dificílimas que requerem habilidade, tentativa e erro, muita
paciência e precisão acima de tudo. Com um visual lindo que remete as
melhores animações do Estúdio Ghibli, com uma movimentação suave e uma narrativa emocional esse jogo é simplesmente único.
O game tem uma variedade de desafios
enorme, uma campanha longa para o estilo, belíssima direção de arte e
uma qualidade técnica impecável, Ori and the Blind Forest é um dos destaques do ano e não surpreendentemente o segundo jogo indie da lista e o primeiro e único exclusivo do Xbox One (não tão exclusivo, porque tem para PC, mas ele é distribuído pela Microsoft).
Depois de um ano conturbado para Hideo Kojima dentro da cada vez mais bizarra Konami,
ao menos uma coisa boa saiu mesmo no meio de toda a confusão que
aconteceu durante o ano, o tão aguardado e mais uma vez último game da
saga Metal Gear Solid, até o lançamento do próximo.
Metal Gear Solid 5: Phantom Pain pega tudo o que há de melhor e tudo o que há de mais esquisito na série e transforma em uma opera de Kojima
num novo mundo aberto, com um gameplay brilhante trazendo de volta a
série tudo o que fez ela ser o que é hoje, uma história mais complexa do
que o necessário, um antro de vilões memoráveis e batalhas épicas, além
de um delicioso stealth.
Além de tudo isso, Metal Gear Solid 5
ainda trouxe um modo online que embora não parece ter feito todo o
sucesso esperado, ao menos trouxe uma nova e interessante ideia para os
multiplayers de games narrativos que conhecemos.
Sabe aquele jogo que te permite explorar
o espaço em mais de 400 bilhões de sistemas estelares, todos com vários
planetas gerados processualmente onde você pode pousar livremente e ver
o que há por lá? Bem, esse jogo já existe e já está disponível e se
chama Elite: Dangerous.
Relacionado: Leia a nossa crítica de Elite: Dangerous!
Tudo bem que Elite foi lançado no finalzinho de 2014 para PC e não em 2015, mas esse ano a versão para Xbox One
saiu além de dezenas de atualizações importantes e uma expansão que te
permite finalmente pousar em planetas sem atmosfera, então eu posso
dizer que esse foi o ano de Elite. Além disso, esse foi provavelmente o jogo dessa lista onde eu mais gastei horas no meu Xbox One.
Apesar de ainda entregar uma experiencia
que começa a ficar enjoativa depois que você gasta uma ou duas dezenas
de horas por lá, o que seria bom para qualquer jogo, mas um pouco
desapontador num game que te oferece uma galáxia em escala real a ser
explorada, o futuro desse game é tão promissor e brilhante quanto a
experiencia de acelerar sua nave a primeira vez e olhar o mapa galático e
toda a infinidade de oportunidades que você tem para descobrir, tudo
sob a luz de um sol qualquer no profundo espaço.
Tudo bem, eu admito a todos que ainda não me conhecem que eu sou MUITO fã de Dark Souls, realmente MUITO fã. A franquia medieval fantástica e depressiva de Hidetaka Miyazaki e da From Software,
por isso não é de se espantar que eu tenha ficado extremamente
empolgado em jogar uma versão um pouco diferente do mesmo jogo, dessa
vez ambientado em um universo pra lá de Lovecraftiano, o que é mais um bônus para a ideia.
Bloodborne é uma espécie de spinoff de Dark Souls,
não na trama e no universo, que não são nem de perto o mesmo, mas um
spinoff do gameplay. O jogo pega o principal conceito de batalhas
desafiadoras, onde os inimigos não são monstros esperando serem mortos e
sim monstros esperando para matar, e dá uma pequena, mas essencial
diferença de ritmo, fazendo o nosso personagem é mais rápido e lhe
tirando o escudo, o que nos obriga a lutar agressivamente e evadindo dos
ataques violentíssimos dos inimigos.
Cheio de bosses interessantes e
assustadores como só a From Software sabe fazer e com um visual de fazer
inveja aos dois primeiros Dark Souls e uma ambientação brilhante, Bloodborne é certamente o jogo para fazer muita gente comprar um Playstation 4.
The Witcher 3 é
facilmente o jogo mais visto entre as escolhas de melhor jogo do ano,
ganhou dezenas de prêmios e está em nosso segundo lugar na lista de
melhores de 2015. O jogo é uma verdadeira obra de arte e requinte da CD Projekt Red, com uma duração imensa e uma história de fantasia num mundo duro e violento, fadado ao apocalipse.
Relacionado: Crítica de The Witcher 3: Wild Hunt!
É até difícil descrever em um paragrafo o porque The Witcher 3
é bom. Eu posso dizer que os gráficos são maravilhosos, o modo de
combate refinado e mais tático que nos games anteriores da saga, um
mundo aberto repleto de coisas interessantes e sidequests sensacionais
cheias de personagens incríveis, sinceramente, eu posso continuar para
sempre a falar sobre as qualidades de The Witcher 3, mas não quero me
alongar muito e fazer você ler um texto por duas horas.
Relacionado: Crítica da DLC de The Witcher 3: Hearts of Stone!
Tudo bem que The Witcher 3
não é perfeito, em minha crítica eu ressalto alguns probleminhas de
conceito, mas provavelmente ainda é o mais próximo que um jogo da atual
geração já chegou da perfeição, até mesmo a sua primeira DLC é
sensacional. Se você ainda não jogou The Witcher 3… eu não sei o que você está fazendo da vida.
Sempre que a Bethesda
lança um novo jogo de mundo aberto o mundo se rende ao Hype, esse ano só
teve uma coisa com mais hype do que Fallout 4 e essa coisa se chama Star Wars: O Despertar da Força. Ainda assim, deu pra ver o quão esperado era esse game e o resultado é que ele não decepcionou em nada.
Relacionado: Leia a nossa crítica de Fallout 4!
Fallout 4 é tudo e muito mais do que você pode esperar de um jogo da Bethesda.
Ele é enorme, cheio de coisas para fazer, suas missões têm toda a
qualidade que só o estúdio consegue criar, e além disso, o sistema de
criação e outras novidades levam o jogo além do nosso Fallout
padrão de sempre. A liberdade que o jogo te proporciona somado a uma
história surpreendentemente e cativante o suficiente para não te tirar
(muito) do caminho é incrível fazem de Fallout 4 o melhor jogo do ano, batendo por pouco The Witcher 3.
Para não dizer que Fallout 4 é perfeito, os bugs de todos os jogos da Bethesda
aparecem nele também, esses bugs estão cada vez menos compreensíveis,
especialmente na nova geração onde o pior caso desse tipo de problema
foi com Assassin’s Creed Unity que não tinha metade dos bugs que Fallout 4 tem, ainda assim é impressionante o quanto esses bugs não tornam o jogo menos incrível, o que só atesta sua qualidade.