Battlefield 1 | Crítica
Se alguns questionaram a qualidade de Battlefield 4, a qualidade realmente duvidosa de Battlefield Hardline e a inconsistência de Star Wars Battlefront, com Battlefield 1 a DICE voltou com tudo para provar que ainda faz os melhores jogos de tiro do mercado, dessa vez acertando em todos os quesitos que se pode acertar em um jogo.
Os gráficos de Battlefield 1 são simplesmente espetaculares e conseguem passar o exato visual caótico e infernal da Primeira Guerra Mundial, o som do jogo não fica atrás e os efeitos sonoros são tão legítimos quanto nós que nunca estivemos em uma guerra podemos imaginar que sejam. Os modos de jogo, como sempre, são divertidos e caóticos e cheio de momento em que falamos com os nossos amigos o famoso “você viu aquilo?”, pois sempre tem algo fantástico acontecendo. Agora, em uma coisa que a franquia Battlefield normalmente errava, ela acertou em cheio aqui. O modo história.
O modo história de Battlefield 1 é brilhante. No lugar de seguir sempre a ideia de esticar a história de um protagonista de forma improvável em uma guerra, aqui o jogo decidiu dividir a trama em pequenos contos de diversos homens e mulheres com objetivos bem diferentes enquanto enfrentam o horror da guerra. Isso funciona muito bem, pois diferente da 2° Guerra onde há um vilão muito claro, a 1° Guerra tem uma ideologia muito flexível e é difícil apontar com certeza quem estava errado, a menos é claro que nós apontemos que todos estejam errados e o jogo faz bem nesse sentido também, sem nunca glorificar o evento e mostrando o inferno que ele foi, junto o custo humano que esse conflito cobrou do planeta.
Os gráficos de Battlefield 1 são simplesmente espetaculares e conseguem passar o exato visual caótico e infernal da Primeira Guerra Mundial, o som do jogo não fica atrás e os efeitos sonoros são tão legítimos quanto nós que nunca estivemos em uma guerra podemos imaginar que sejam. Os modos de jogo, como sempre, são divertidos e caóticos e cheio de momento em que falamos com os nossos amigos o famoso “você viu aquilo?”, pois sempre tem algo fantástico acontecendo. Agora, em uma coisa que a franquia Battlefield normalmente errava, ela acertou em cheio aqui. O modo história.
O modo história de Battlefield 1 é brilhante. No lugar de seguir sempre a ideia de esticar a história de um protagonista de forma improvável em uma guerra, aqui o jogo decidiu dividir a trama em pequenos contos de diversos homens e mulheres com objetivos bem diferentes enquanto enfrentam o horror da guerra. Isso funciona muito bem, pois diferente da 2° Guerra onde há um vilão muito claro, a 1° Guerra tem uma ideologia muito flexível e é difícil apontar com certeza quem estava errado, a menos é claro que nós apontemos que todos estejam errados e o jogo faz bem nesse sentido também, sem nunca glorificar o evento e mostrando o inferno que ele foi, junto o custo humano que esse conflito cobrou do planeta.
Desde a curta missão que jogamos enquanto o jogo ainda baixa, nós podemos entrar no clima que o modo história quer passar, pois controlamos um personagem e a nossa missão é segurar o avanço inimigo e a frase instrutiva que ganhamos é algo como “ninguém espera que você sobreviva” e quanto inevitavelmente nosso personagem morre, no lugar de ganharmos outra chance de recomeçar a missão, nós ganhamos o nome do personagem em uma tela escura com a data de nascimento e morte do mesmo. Uma forma bem diferente e muito mais forte e real de se retratar uma guerra.
Obviamente ninguém compra Battlefield por causa do modo campanha, embora a qualidade desse modo possa até mudar isso para algumas pessoas a partir de agora, quem compra Battlefield normalmente o faz graças ao modo multiplayer e nesse quesito o jogo mantém a qualidade dos melhores exemplares da série.
O modo Conquista continua sendo o modo principal do multiplayer de Battlefield 1, o esquema é o mesmo, tomar pontos dos inimigos, mas com uma diferença interessante de que agora um jogador solitário demora muito tempo para tomar um ponto do que nos jogos anteriores, o que faz com que os esquadrões, mesmo que de pessoas aleatórias, sintam-se compelidas a realmente trabalhar em equipe para conquistar os territórios.
Existe um novo modo, chamado Operações que talvez possa ganhar o posto de modo principal da franquia com o tempo, pois ele simula muito mais um objetivo de uma guerra do que o modo conquista, com um time defensor e um time atacante, onde o atacante tem que tomar o território do defensor em uma escala crescente em determinado período. Isso é mais interessante do que parece a princípio, porque o jogo justifica essas operações dando um contexto histórico real por trás de cada missão.
Houve também um balanceamento no multiplayer em diversas áreas. Comparando com Battlefield 4 onde os Engenheiros e os Snipers eram as classes dominantes pois tinham kits desbalanceados, o jogo consertou isso em partes, por exemplo, agora quem conserta um veículo não é o mesmo com o armamento para destruí-lo, o que já muda o escopo das coisas. Quem tem as armas mais pesadas não é a mesma pessoa que tem reserva de munições para elas e assim por diante. Entretanto eu disse que “consertou em partes” porque a própria natureza dos mapas de Battlefield, extremamente abertos, sempre acabam privilegiando quem usa Snipers, ainda mais graças a qualidade das pistolas que funcionam como armas secundárias e dão segurança a classe tanto a longa quanto a curta distância, e nesse caso a questão da “média distância” pode ser resolvida com um posicionamento bem pensado.
Os veículos do jogo estão muito mais eficientes e alguns deles bem mais divertidos do que nos jogos anteriores. Ainda que o gameplay de um tanque seja parecido com o que era antes, o armamento menos avançado da época fazem com que eles sejam uma ameaça muito maior do que nos jogos anteriores. Já os aviões são outra história. É necessária muita habilidade para fazer com que um avião seja uma ameaça tão grande quanto ele deveria ser naquele período histórico, mas independente de suas capacidades como piloto, é uma diversão só. As batalhas aéreas de uma forma como nenhum outro Battlefield conseguiu fazer, aliás, como nenhum outro jogo da DICE, pois as batalhas de X-Wing e Tie Fighters em Battlefront também estão longe de se igualar a essas.
Battlefield 1 ainda se prende a algumas formulas menos interessantes dos jogos anterior e o seu formato mais uma vez torna ele menos interessante para um cenário competitivo e mais interessante como diversão pura. Ainda assim, o jogo é um refinamento de tudo que já houve de melhor na franquia, mas dessa vez com um visual arrebatador e um ritmo diferente e um pouco menos frenético, mas ainda assim muito bem-vindo ao gênero. A DICE certamente lançou mais um clássico que provavelmente será lembrado por muito tempo no seu hall de clássicos ao lado de Battlefield: Bad Company 2 e Battlefield 3.