Ainda estão produzindo jogos para Kinect?
Em 2014 eu tive o privilégio ou a infelicidade de escrever sobre a morte de uma promissora, mas sub-aproveitada tecnologia, o Kinect, quando a Microsoft que até algum tempo antes tinha dito que o aparelho era inseparável da experiência do Xbox One, anunciou que agora o console seria vendido sem ele, para melhorar o preço e assim aumentar as vendas.
Obviamente funcionou, o Xbox One está mais barato do que antes e vende muito mais do que antes, consequência tanto das dezenas de mudanças que a empresa fez no console desde seu anúncio, mas certamente também graças a redução do preço.
Essa notícia, entretanto, não foi boa para algumas pessoas, em especial aos fãs e entusiastas dessa tecnologia, pois todos sabiam que a partir dali aquilo que já não ia bem iria morrer. Mas isso atingiu ainda mais violentamente os produtores de jogos de Kinect, que foram pegos completamente de surpresa com o anúncio de que todo o seu trabalho de meses ou anos, estava destinado a ser experimentado através de uma tecnologia fadada a extinção.
Obviamente funcionou, o Xbox One está mais barato do que antes e vende muito mais do que antes, consequência tanto das dezenas de mudanças que a empresa fez no console desde seu anúncio, mas certamente também graças a redução do preço.
Essa notícia, entretanto, não foi boa para algumas pessoas, em especial aos fãs e entusiastas dessa tecnologia, pois todos sabiam que a partir dali aquilo que já não ia bem iria morrer. Mas isso atingiu ainda mais violentamente os produtores de jogos de Kinect, que foram pegos completamente de surpresa com o anúncio de que todo o seu trabalho de meses ou anos, estava destinado a ser experimentado através de uma tecnologia fadada a extinção.
Se você procurar por jogos de Kinect hoje, bem, você não vai encontrar. Até mesmo o grande nome que manteria o Kinect ativo por anos e anos, o Just Dance da Ubisoft, parece ter traído a tecnologia que hoje é nada mais do que um periférico inútil e caro, pois Just Dance 2017 não vai precisar de nada mais do que um smartphone para ser jogável.
Não faz muito tempo que Microsoft também anunciou o fim do Xbox Fintness, que foi retirado da loja online e que só deve funcionar até julho de 2017 mesmo para quem já tinha o app. A Cortana, nova assistente digital da Microsoft que chegaria ao Xbox graças ao Kinect, agora também poderá ser usada através de um headset qualquer e se procurarmos mais, veremos tendências aqui e ali da Microsoft deixando o periférico cada vez mais inútil, como a mudança da dashboard do aparelho que não utiliza mais os comandos de movimento e outras coisinhas.
Apesar de tudo, com certo otimismo, o propósito inicial dessa matéria era fazer uma lista com os 10 melhores lançamentos de Kinect que ainda estavam por vir, e a ideia não era nem ser muito exigente, não era uma lista com 10 grandes jogos, mas uma lista com jogos que fossem ao menos minimamente interessante e não copias de outros jogos, mas com uma skin diferente e para ser honesto, mesmo se isso incluísse esses jogos menos originais para o aparelho, eu não conseguiria encontrar 10 deles.
Abaixo você vê o resultado da lista:
01 – Nevermind
02 – Psycho-Pass: Sentaku Naki Kōfuku
03 – The Manifest
04 – Cover Drive
05 –
06 –
07 –
08 –
09 –
10 –
Psycho-Pass é um jogo japonês no melhor estilo Telltale Games que já foi lançado no Japão e deve sair em breve no resto do mundo, Cover Drive é um jogo de esporte que usa o periférico, não muito diferente de outros jogos que já vimos desde o Xbox 360. Sinceramente eu não consegui entender o que é The Manifest, mas não parece muito especial. Never Mind, o mais interessante desses quatro jogos, é um game de horror e exploração que funcionaria muito melhor em VR.
De fato, uma coisa que há em comum com Never Mind e outros jogos cancelados de Kinect, é que a maioria deles parece que soaria melhor em VR, e foi isso que aconteceu com Cosmonaut da Ground Control Games (que teve seu trailer com sensacionais 84 views no Youtube, o que demonstrava também o tamanho do interesse por jogos de Kinect na época), que agora se tornou um jogo de VR, que ainda não tem data de estreia. O mais curioso disso é que muitos estúdios que estavam apostando no Kinect, agora se voltaram para o Playstation VR, mais especificamente.
Recentemente foi lançado para o periférico o bundle com dois joguinhos chamado Beast & Squid, o jogo Kung-Fu for Kinect. Mas também foi lançado Fru, que aparentemente era um dos poucos jogos de Kinect que pareceu ganhar algum awereness e que as pessoas estavam mesmo esperando para jogar.
Não faz muito tempo que Microsoft também anunciou o fim do Xbox Fintness, que foi retirado da loja online e que só deve funcionar até julho de 2017 mesmo para quem já tinha o app. A Cortana, nova assistente digital da Microsoft que chegaria ao Xbox graças ao Kinect, agora também poderá ser usada através de um headset qualquer e se procurarmos mais, veremos tendências aqui e ali da Microsoft deixando o periférico cada vez mais inútil, como a mudança da dashboard do aparelho que não utiliza mais os comandos de movimento e outras coisinhas.
Apesar de tudo, com certo otimismo, o propósito inicial dessa matéria era fazer uma lista com os 10 melhores lançamentos de Kinect que ainda estavam por vir, e a ideia não era nem ser muito exigente, não era uma lista com 10 grandes jogos, mas uma lista com jogos que fossem ao menos minimamente interessante e não copias de outros jogos, mas com uma skin diferente e para ser honesto, mesmo se isso incluísse esses jogos menos originais para o aparelho, eu não conseguiria encontrar 10 deles.
Abaixo você vê o resultado da lista:
01 – Nevermind
02 – Psycho-Pass: Sentaku Naki Kōfuku
03 – The Manifest
04 – Cover Drive
05 –
06 –
07 –
08 –
09 –
10 –
Psycho-Pass é um jogo japonês no melhor estilo Telltale Games que já foi lançado no Japão e deve sair em breve no resto do mundo, Cover Drive é um jogo de esporte que usa o periférico, não muito diferente de outros jogos que já vimos desde o Xbox 360. Sinceramente eu não consegui entender o que é The Manifest, mas não parece muito especial. Never Mind, o mais interessante desses quatro jogos, é um game de horror e exploração que funcionaria muito melhor em VR.
De fato, uma coisa que há em comum com Never Mind e outros jogos cancelados de Kinect, é que a maioria deles parece que soaria melhor em VR, e foi isso que aconteceu com Cosmonaut da Ground Control Games (que teve seu trailer com sensacionais 84 views no Youtube, o que demonstrava também o tamanho do interesse por jogos de Kinect na época), que agora se tornou um jogo de VR, que ainda não tem data de estreia. O mais curioso disso é que muitos estúdios que estavam apostando no Kinect, agora se voltaram para o Playstation VR, mais especificamente.
Recentemente foi lançado para o periférico o bundle com dois joguinhos chamado Beast & Squid, o jogo Kung-Fu for Kinect. Mas também foi lançado Fru, que aparentemente era um dos poucos jogos de Kinect que pareceu ganhar algum awereness e que as pessoas estavam mesmo esperando para jogar.
Fru que saiu em julho desse ano, é um jogo de plataforma em que você precisa usar o seu corpo para visualizar objetos ocultos e assim conseguir fazer seu personagem se locomover pelo percurso, uma boa ideia que surgiu em uma Game Jam em 2014 depois de 2 dias de brainstorm e que após ser noticiada por alguns sites, a própria Microsoft entrou em contato com os criadores do joguinho e deu um ajuda financeira para que eles finalizassem e lançassem o produto oficialmente.
O designer no jogo, Mattia Traverso, falou sobre a bomba que foi a Microsoft anunciar que o Kinect não era mais obrigatório e sobre como eles não sabiam sobre isso de antemão.
“Uma vez que o Kinect foi removido do conjunto do Xbox One, o suporte para o jogo não foi o que nós esperávamos originalmente. Nós estávamos esperando um empurrãozinho que nunca aconteceu. O que soa como negócios para a Microsoft não foi uma coisa legal para nós. Eu quero dizer, não eticamente, mas ao menos não foi conveniente. Quando eles removeram o Kinect, nós ficamos destruídos. Nossa moral estava muito baixa e nós não sabíamos sobre isso de antemão.”
Traverso ainda comenta em no final de 2013, meses antes do anúncio sobre o Kinect ser feito, a Microsoft garantiu a eles que o periférico era parte integral do Xbox One e que era “tão fundamental quanto o controle”.
O impacto sobre a indústria foi tamanho, que o jogo There Came an Echo, uma espécie de XCOM mas com comandos de voz, foi cancelado não porque o estúdio quis, mas simplesmente porque a UNITY, engine em que eles estavam criando o game, decidiu cortar suporte aos comandos de voz do Kinect.
Mas a nossa maior perda como gamers, especialmente para os que são fãs exclusivos do console da Microsoft, certamente foi o jogo nunca anunciado da thatgamecompany. De todos os projetos para o Kinect, esse era certamente o mais promissor, afinal era da mesma criadora de Journey (uma obra-prima) e Flower, ambos exclusivos da Sony, que aparentemente ia trocar de lado e lançar seu quarto e esperado jogo como exclusivo da Microsoft.
Depois do anuncio de que o Kinect não era mais obrigatório e não mais seria vendido em conjunto com o console, muitos jogos de alguns estúdios focados no aparelho foram cancelados, features de movimento e comando de voz de jogos comuns foram excluídos dos projetos em andamento e por mais que a thatgamecompany seja reservada e não tenha se pronunciado sobre o ocorrido, o jogo dela provavelmente tomou o mesmo rumo, já que desde o final de 2013 não há mais informações sobre ele.
Hoje é fácil dizer que o Kinect morreu como tecnologia, provavelmente poucos anos ou meses antes da thatgamecompany revoluciona-la e torna-la finalmente interessante, ou quem sabe até obrigatória para os gamers.
Mesmo que a Microsoft tenha negado que isso aconteceria quando fez seu fatídico anúncio em 2014, é um fato hoje de que embora ainda tenha uma meia dúzia de jogos desinteressantes para serem lançados, o Kinect morreu e Fru, que saiu o mês passado, foi o seu último suspiro.