Melhorar hardware de consoles é algo bom ou ruim?


Já faz algum tempo que rola um papo sobre atualização de hardware em consoles, primeiro a Microsoft falou algo que poderia ter significado algo nesse sentido e rumores bem sólidos e consideráveis sobre a Sony já estar com meio caminho andado com o tão Playstation 4: Neo. Alguns rumores subsequentes sobre a Microsoft estar testando peças modulares para melhorar o desempenho do Xbox One também surgiram.

Mas e aí? Isso é bom ou ruim?

De acordo com Colin Moriarty, um ex-IGN e hoje Kinda Funny Games disse ter informações direto de fontes de que o Playstation 4.5 ou NEO não apenas é real, mas que os desenvolvedores já estão trabalhando com ele e... odiando a experiência. De acordo com Moriarty o novo PS4.5 exige dos desenvolvedores custo extra, planejamento extra e muita loucura, não sei exatamente em que sentido.

Entretanto, o que isso quer dizer para o público?

A Microsoft e a Sony, pelo menos pelo que dizem os rumores, parecem ter noções bem diferentes de como atualizar o console. A Sony quer literalmente te vender um novo aparelho que vai rodar todos os jogos do Playstation 4 comum, entretanto com mais qualidade de processamento, mais memória e portanto com alguns bônus, como a possibilidade de rodar em 4K, e provavelmente de usar aquele óculos de realidade virtual próprio e é claro com uma capacidade gráfica melhorada.

A Microsoft por sua vez, pretende lançar peças modulares (ela já mencionou isso uma vez e agora surgiu um rumor sobre testes nesse âmbito), que você compraria e encaixaria em seu Xbox One e daí ele ficaria, digamos... turbinado. Isso vai com rumores de que a parceria entre a Microsoft e a Oculus seria mesmo maior do que lançar o Oculus Rift com o controle do XB1 e que iria fazer com que você pudesse usar o aparelho de VR no seu console. Agora sinceramente eu posso estar enganado sobre como a tecnologia funciona, mas eu não faço ideia de como uma peça modular melhoraria o desempenho do Xbox One, onde encaixaríamos? No USB?

Se de alguma forma a ideia da Microsoft de peças modulares funcionar, ela é de fato muito melhor que a ideia da Sony, que por outro lado é mais realista. Mas ambas ideias podem falhar miseravelmente se não houver um rigor de ambas as empresas com os produtores sobre como desenvolver para ambas as configurações. Eu acredito que limitar desenvolvedores a criarem tudo para XB1.5 e PS4.5 e também uma versão inferior para o XB1 e o PS4 originais possa ser um problema prático, burocrático e tecnológico, mas de qualquer outra forma isso não funcionaria.

Provavelmente jogadores mais casuais vão preferir ficar com os seus consoles baunilha (ninguém nunca usa VANILLA em português, mas é um termo legal) enquanto quem é mais hardcore não vai deixar de comprar a versão incrementada ou as peças para incrementar a sua versão, mas como fazer com que isso, em um ou dois anos, não vire a próxima geração de consoles no lugar de um console melhorado?

Se como os rumores sugerem e alguns desenvolvedores deixaram escapar, como a Microsoft faria para lançar jogos de Oculus Rift para o XB1 comum? Ou porque a Sony limitaria o potencial dos seus óculos de VR permitindo que produzissem apenas games que funcionassem com e sem o aparelho para ambas as versões dos consoles? 

Por enquanto esse é o terreno mais perigoso que os consoles já entraram na “guerra” contra jogos de PC, pois isso abre um precedente para você encarecer ainda mais o que já é caro e ainda por cima complicar a fácil relação entre produto e consumidor que faz esses aparelhos serem viáveis e populares apesar da inferioridade gráfica.

A opinião definitiva sobre isso só vai poder ser dada após a apresentação oficial das empresas sobre como isso vai funcionar, quem sabe até aconteça na E3 desse ano, mas até lá pelo que nós sabemos, isso pode ser bem ruim se qualquer empresa der um passo em falso nesse processo, mas vamos ser otimistas e esperar que eles não estraguem tudo e saibam o que estão fazendo.
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