Dark Souls, uma narrativa em pedaços
“Você é um morto vivo que precisa tocar dois sinos para quebrar a sua maldição”! Isso é tudo o que você ganha de trama no início de Dark Souls, exceto talvez por alguma introdução críptica que não se faz entender bem sobre a criação daquele mundo e a origem dos seus problemas.
Para alguns jogadores, essa frase é o suficiente para fazê-los enfrentar os mais difíceis inimigos, bosses que parecem impossíveis de se derrotar, armadilhas mortais e escondidas e no caso do primeiro jogo, até os malditos arqueiros de Anor Londo, no segundo, o implacável Cavaleiro da Fumaça na segunda DLC. Apenas por uma simples frase que te dá um contexto tolo e simplista para seguir em frente.
Qualquer pessoa que é fã da franquia sabe que não é bem assim, mas para muitos leigos, Dark Souls é conhecido por uma coisa além do “é um jogo muito difícil”, ele também é conhecido como “é o jogo que não tem história”. Sim, acredite eu já ouvi isso tanto de quem nunca jogou o game, mas também de pessoas que terminaram ou o primeiro ou o segundo jogo da franquia.
Para alguns jogadores, essa frase é o suficiente para fazê-los enfrentar os mais difíceis inimigos, bosses que parecem impossíveis de se derrotar, armadilhas mortais e escondidas e no caso do primeiro jogo, até os malditos arqueiros de Anor Londo, no segundo, o implacável Cavaleiro da Fumaça na segunda DLC. Apenas por uma simples frase que te dá um contexto tolo e simplista para seguir em frente.
Qualquer pessoa que é fã da franquia sabe que não é bem assim, mas para muitos leigos, Dark Souls é conhecido por uma coisa além do “é um jogo muito difícil”, ele também é conhecido como “é o jogo que não tem história”. Sim, acredite eu já ouvi isso tanto de quem nunca jogou o game, mas também de pessoas que terminaram ou o primeiro ou o segundo jogo da franquia.
O interessante nisso é que Dark Souls tem uma história e uma mitologia riquíssima, contudo, assim como a mente de Hidetaka Miyazaki, ela é narrada de forma obscura e fragmentada, literalmente aos pedaços que você pode juntar durante sua jornada, ou passar por eles apenas com uma intuição de que há algo mais perdido em meio a tanta dificuldade, tristeza, tragédia e morte que o jogo inspira.
Um dos exemplos da complexidade do jogo é o recente concurso valendo 10.000 dólares que a Namco, distribuidora do jogo, fez para quem conseguisse explicar perfeitamente a trama de Dark Souls 1 e 2, o vencedor e certamente merecedor do prêmio foi o canal do Youtube chamado Nerdy, Inc. que teve a brilhante ideia de explicar pontos da trama como um documentário histórico real (e bem engraçado), no estilo Discovery Channel.
Veja o vídeo vencedor do prêmio:
Apesar do vídeo acima ser brilhante, há trabalhos ainda mais impressionantes na internet tentando explicar Dark Souls para o público geral, dentre eles está o recente trabalho que ganhou um certo destaque, do criador do youtube moonlightbutterfly, que até pouco tempo era focado em fazer vídeos exclusivamente sobre a franquia, fez não menos que dois filmes inteiros (longa-metragens) usando cenas e passagens do jogo de forma que tenha alguma coerência para as mentes que são mais lineares, ou em outras palavras... pessoas que não são Miyazaki.
O resultado você pode assistir abaixo:
Dark Souls 1
Dark Souls 2
Para quem gostou desses filmes, o moonlightbutterfly também criou filmes semelhantes para Demon's Souls e Bloodborne, que você pode ver AQUI!
A mitologia de Dark Souls, se é que mitologia é a melhor forma de traduzir LORE (deixem nos comentários melhores traduções) é de fato tão complexa que moonlightbutterfly não é o único canal do Youtube voltado para decifrar Dark Souls, existem dezenas de canais com esse único intuito e alguns que fazem exclusivamente isso e eu dou destaque óbvio a VaatiVidya, um dos criadores que vive apenas de conteúdo sobre a franquia e seu spin-off Bloodborne e o faz de forma maravilhosa.
Bloodborne é outro game que tem uma metodologia parecida na hora de contar as suas histórias, que nesse caso é bem influenciada pela obra de H.P. Lovecraft, mas em termos de fragmentação narrativa, ela mal consegue acompanhar a confusão de tramas interconectadas e a beleza do vácuo de informações que Dark Souls consegue prover.
Por mais que eu seja um grande fã da obra prima que é essa franquia da From Software, eu não vou tentar explicar aqui a trama dos jogos, ou fazer um resumo, primeiro porque eu provavelmente vou errar feio em algo que eu compreendi ou interpretei mal, segundo porque a graça não é simplesmente ler um resumo ou assistir centenas de vídeos até finalmente entender passo a passo tudo o que o game quer te contar.
Um dos grandes desafios em Dark Souls é você, como um forasteiro comum, entrar em um reino hostil, fatal e violento e tentar compreender os seus segredos em cada canto, em cada item, em cada detalhe da arquitetura local, descobrir os segredos de um lugar mágico, belo, trágico e sombrio como nenhum outro mundo fantástico, seja na literatura, cinema ou nessa nova mídia artística, os games!
