Smite (Xbox One) | Crítica
Smite pode ser considerado o MOBA para quem não gosta de MOBA, o que é meu caso que me peguei viciado nas arenas do game da Hi-Rez Studios, mesmo sem nunca ter conseguido jogar com sucesso League of Legends e Dota por mais de 10 minutos.
A parte mais interessante de Smite e que deve ser de todos os MOBAs que eu não conheço mais profundamente, é o quanto você pode jogar sem saber nada do game, mas o quanto você vai perder e falhar miseravelmente até entender que a tática, estratégia, o trabalho em equipe e a compreensão dos papéis no campo de batalha, são fundamentais para um bom jogo.
A tradução dos PCs (aqui pela Level Up) para o Xbox One não fica devendo em nada comparado ao original, obviamente você tem menos atalhos e as coisas são mais manuais por aqui, o que pra mim torna tudo até mais divertido, afinal o jogo vira menos automático e você se sente mais no controle de tudo que está acontecendo e geralmente há muita coisa acontecendo nas partidas.
O visual do game também é bastante inspirado, ainda que algumas skins sejam bem feias, o visual geral dos personagens, que nesse MOBA são deuses dos mais diversos panteões, são bem bonitos e criativos, além de apresentar uma diversidade bem-vinda, por mais que quem não conheça mitologia Maia, por exemplo, fique perdido com alguns nomes cheios de vogais e silabas curtas, os visuais desses personagens são suficientemente variados para nos fazer notar as diferenças entre eles logo de cara.
São quase 70 deuses para controlar no game e cada vez que você experimenta um diferente você se sente como se realmente estivesse jogando outra coisa, cada Deus tem suas quatro habilidades ativas e uma habilidade passiva que muitas vezes tem que ser ativada na hora exata e isso gera muitas variáveis que em alguns casos tornam o game bem difícil, mas que mantém tudo novo para quem quer experimentar diversos personagens para ver qual se encaixa melhor no seu estilo.
Mas a principal diferença de Smite para outros MOBAs é o fato de você controlar personagens na 3° pessoa, o que valoriza muito mais a ação do que nos outros games e surpreendentemente isso é balanceado com toda a obrigatoriedade da estratégia que eu mencionei parágrafos acima.
Provavelmente, se você tem um Xbox One e não é fã de MOBAs talvez não se interesse muito por Smite a primeira vista, mas eu sinceramente recomendo, o ambiente do game é cheio de ação, altamente competitivo, o multiplayer é fluído e muito rápido, os visuais são bonitos e certamente pode servir como passatempo para quem tá com falta de bons jogos no momento, ou pode servir também como vício constante para quem pretende masterizar todos os mais de 60 deuses do game, seja lá qual for seu estilo, Smite é boa pedida.
Ah, esqueci de mencionar uma coisa, se você tem um Xbox One, não precisa gastar nada para jogar Smite, ele está de graça e aparentemente vai continuar assim para sempre, é só baixar. A Hi-Rez Studios obviamente ganha dinheiro com o jogo, mas utilizando-se da venda de gemas que servem para você comprar deuses e itens sem ter que esperar para conquistar Favores e compra-los por si mesmo, mas sim, você pode comprar quase tudo no jogo, pelo menos tudo que importa, apenas jogando ele, só que é um processo demorado, mas nem de longe isso tira a graça do jogo, na verdade deixa tudo ainda mais viciante.