Game Preview | O que esperar dessa novidade do Xbox One e de Elite: Dangerous e The Long Dark

A retrocompatibilidade acabou dominando todas as notícias sobre a conferencia da Microsoft na última E3, mas apesar disso, diversas coisas legais foram mostradas para o Xbox One por lá e uma delas é o Game Preview, que é um sistema que até agora só existia para os PC Gamers, como o Steam Early Access onde você pode jogar e testar um game ainda em desenvolvimento e comprá-lo antes dele estar pronto se achar que vale a pena, como uma forma de incentivar os produtores.


Muita gente já torceu o nariz com o Game Preview do Xbox One argumentando que uma das grandes vantagens dos Consoles sobre os PCs é o fato de você comprar um produto finalizado e redondo, mas eu já poderia discordar disso com alguns argumentos antes de usar o sistema e agora, depois de ter usado, eu posso argumentar ainda mais a favor dele.


A primeira coisa a se dizer a favor do Game Preview é que opção nunca é demais, não é como se todos os games lançados fossem sair primeiro em versão não finalizada para você comprar e depois eles vão terminar o jogo, até porque esse espaço até onde foi anunciado vai servir apenas para jogos indies, que de fato precisam desse e de todo empurrãozinho possível e é bom ver que eles vão ter essa ajuda também nos consoles, além do PC.


Mas, além disso, vamos falar sobre os dois casos que já foram mostrados ao público abertamente, que é The Long Dark e Elite: Dangerous, no caso desse segundo aparentemente só estava disponível na Live Americana quando eu testei, pelo menos até eu adquirir a versão completa do jogo e ele começar a aparecer mesmo quando eu voltei para a Live Nacional, mas não posso afirmar se e porque ainda está assim, já que a Microsoft não respondeu a pergunta sobre essa divergência até eu publicar a matéria.


Eu vou falar dos dois games com um pouco mais de detalhes abaixo, mas para simplificar o argumento, o termo “não finalizado” referente aos lançamentos do Game Preview, pelo menos quanto a esses dois jogos é algo positivamente surpreendente.


O esquema funciona da seguinte forma, você pode jogar o game por 1 hora de graça, qualquer jogo do programa, e então ao fim do teste você escolhe se quer pagar por ele ou não, obviamente uma hora não é o suficiente para testar um jogo, especialmente um “não finalizado”, mas qual seria a melhor opção? Essa pelo menos parece ser razoável e pra mim pelo menos funcionou.


Nessas duas horas que eu passei, uma com cada jogo, eu tenho que admitir que eles estavam em melhor forma do que eu esperava para um “jogo não finalizado” e o resultado foi 50/50, porque um me interessou o suficiente para a aquisição e o outro eu dispensei e por isso vou reservar alguns parágrafos para cada um deles abaixo:


EB-the-long-dark-lets-play



The Long Dark


Esse título da Hinterland Studios é um jogo de mundo aberto, e que lida com um tema bem especifico: A sobrevivência pós-acidente. Esqueça os tipos jogos de Survival-Horror que conhecemos, a sobrevivência aqui vem em outro nível.


Basicamente o gameplay disponível nessa versão de Game Preview é um episódio onde o avião do nosso personagem cai em um lugar gelado e inóspito onde temos que sobreviver por lá com as poucas coisas a nossa disposição.


O título do jogo se refere às noites do game que são longas e realmente escuras, num lugar inóspito e sem luz tudo o que você pode ver no escuro é apenas a sua mira no centro da tela e mais nada, mesmo uma pequena luz não melhora muito a sua situação e embora você possa dormir para esperar a noite passar, logo você perde a noção de quantas horas a noite dura e se torna uma incógnita quanto tempo você precisa esperar até o amanhecer, que é uma sensação desconfortável no game e que me faz pensar o quão problemática seria na realidade.


Talvez o mais interessante e marcante do jogo seja o fato de que se você por um acaso morrer... bem, você morreu... o game te dá uma quantidade de tempo que você sobreviveu naquele cenário e você tem a opção de começar de novo ou partir para outro cenário de sobrevivência... na verdade, você só tem a opção de começar de novo por enquanto, já que na edição do Game Preview ainda estamos limitados a um cenário apenas.


A Hinterland Studios, que está produzindo The Long Dark após vir de um bem sucedido Kickstarter criou um game interessantíssimo que pode facilmente virar um cult para quem gosta do gênero Survival e talvez se tornar um dos seus principais expoentes desse gênero. Para mim particularmente, não é um game que eu teria paciência de jogar por muito tempo, tanto que eu não cheguei a completar a 1 hora disponível do Game Preview, provavelmente meu personagem durou por 40 ou 45 minutos e eu parei por aí mesmo.  Mas quem sabe que quando o game estiver completo e mais fluído eu possa repensar isso e dar uma nova chance e testar outros cenários.


SXZ6OgZ



Elite: Dangerous


Agora sim, por último e mais importante vamos falar de Elite: Dangerous...


Eu já vinha observando a jornada de Elite: Dangerous no PC desde que ele foi anunciado no Kickstarter simplesmente porque eu amo astronomia, mas eu não sou exatamente um PC Gamer então ter a oportunidade de finalmente testar... ou eu diria mais... testemunhar Elite: Dangerous e controlar minha primeira nave no Xbox One foi memorável.


Elite é um jogo simples de mecânicas complexas, mas que são facilmente memorizadas. Nele você é alguém na Via Láctea que começa em uma estação espacial qualquer no comando de uma nave de um modelo chamado Sidewinder e daí você pode fazer o que você quiser, literalmente.


É aconselhável que a primeira coisa que você deva fazer seja conseguir dinheiro/créditos para comprar uma nave melhor, mas a partir daí suas opções são quase ilimitadas, você pode virar um Explorador que viaja pela galáxia vendendo conteúdo cartográfico em estações espaciais, você pode virar um guerreiro que luta em batalhas espaciais em nome de alguma potencia galáctica, você pode participar de um jogo político entre os membros das alianças mais poderosas da galáxia, você pode ser um transportador levando coisas de um lugar ao outro, ou um contrabandista no melhor estilo Han Solo, levando coisas ilegais de um lugar ao outro, você pode ajudar a escravidão no Império ou combate-la, você pode ser um Pirata ou um Caçador de Recompensas e ainda mais... ou um pouco disso tudo, embora existam naves que são melhores para cada uma dessas funções, você pode tentar fazer tudo com qualquer nave que possua desde o primeiro momento.


O game é uma espécie de MMO, mas com uma opção Solo, você pode jogar no mundo com até 32 jogadores no mesmo lugar ao mesmo tempo ou sozinho, apenas com NPCs, embora o mundo ainda seja dividido com outros jogadores mesmo na opção Solo, já que a ideia de Elite: Dangerous é que o game se passe em uma galáxia viva, onde uma coisa que o jogador faz no Powerplay, por exemplo, influencia você que está jogando solo.


Por hora você ainda está limitado a estar apenas no comando da sua nave apenas, mas a Frontier prometeu que lançará em breve uma espécie de FPS que se encaixa no jogo atual, onde você vai poder andar pela sua própria nave, nas estações espaciais e posteriormente até pousar e explorar planetas. Embora nada disso tenha data marcada e nem esteja prometido na pedra, quando e se acontecer, fará de Elite: Dangerous um dos jogos mais importantes já criados atualmente. Imagine No Man’s Sky, que está sendo alardeado como revolucionário, um pouco menor, só que muito mais bonito? Porque afinal, eu esqueci de dizer, mas Elite: Dangerous é m dos jogos mais lindos que já rodou no meu Xbox One e eu posso só imaginar o quão bonito ele fica nos melhores PCs por aí, ele é de fato tão bonito que eu separei uma galeria com screenshots do jogo para o final do post.


E quando eu digo um pouco menor que No Man’s Sky... bem... é apenas um modo de falar, já que durante minhas aventuras nos sistemas controlados por Asling Duval eu observava o mapa galáctico com curiosidade, pensando “vai demorar uns 5 anos e vai demandar muita paciência até eu explorar isso tudo” e foi aí que eu descobri que o mapa estava no Zoom máximo, que quando nós diminuímos o Zoom podemos perceber que aquele pedaço do mapa que eu via não é nem 0,05% do tamanho da galáxia explorável do jogo e isso é de explodir a cabeça... são 400 bilhões de sistemas a serem explorados e alguns sistemas mais raros tem mais de 100 objetos cósmicos, contanto planetas, luas, cinturões de asteroides e outras coisas. E por hora alguns sistemas são até inexploráveis graças a tecnologia limitada que as naves do game tem, mas apesar disso, muitas novas naves estão sendo prometidas para podermos compra-las.


A versão do Game Preview de Elite: Dangerous no Xbox One ainda é uma espécie BETA inicial, ou seja, ainda não é uma versão finalizada e tem alguns problemas técnicos como o fato de o game travar em diversos momentos, especialmente quando estamos para aportar em estações espaciais maiores, normalmente as chamadas de Cidades, mas acredite, se você gosta de astronomia, gosta de naves espaciais e da chance de explorar o espaço e da chance de comprar jogos mais baratos, a 1 hora de preview de Elite: Dangerous no Xbox One não será o suficiente pra você, como não foi pra mim e ter a chance de comprar um jogo como esse antes mesmo dele estar completo no console, pelo menos pra mim vale muito a pena, assim como toda a ideia do programa.


[gallery type="rectangular" link="file" ids="70337,70338,70339,70340,70341,70342,70343,70344,70345,70346,70347,70348,70349,70350,70351,70352,70353,70354,70355,70356,70357,70358,70359,70360,70361,70362,70363,70364,70365,70366" orderby="rand"]
Patreon de O Vértice