Por que as boas histórias estão ficando mais longas? #PsicoNerd
O romance é um gênero literário conhecido pela complexidade de sua trama, a sua extensão e pela quantidade de personagens. No romance uma história pode se alongar tanto geograficamente quanto temporalmente alcançando gerações, narrando guerras entre impérios e criando universos fantásticos.
Pouca gente sabe, mas o romance vem das tradições orais, de antes da escrita e já foi escrito em verso, ficou popular através da prosa nos últimos três séculos e agora encontrou sua nova e bem-sucedida forma: o seriado televisivo.
Desde a época dos folhetins e das publicações pulp, antes da TV, histórias longas, seriadas ou não, faziam sucesso. Além disso, criar uma marca imprime um padrão de qualidade a ser reconhecido pelo consumidor que irá comprar antes de julgar por já conhecer previamente o teor do produto.
Marcas são mais fáceis de vender, porque elas têm um conceito intrínseco, é por isso que grandes empresas possuem logotipos, sistemas de cores específicos para os seus produtos e um padrão dentro deles. Isso é porque bons produtos se tornam símbolos, e um símbolo é maior do que um objeto a ser vendido, ele é um conceito associado a uma experiência.
É por isso que Hollywood tem investido em remakes, reboots, trilogias e etc, pois é mais fácil vender um produto que está vinculado a um conceito do que criar um novo. No entanto, em contrapartida a esse movimento, ao invés de insistir em sequências ou "recontar" histórias, os produtores de séries estão se inspirando na teoria do romance e expandido suas narrativas o que parece ser muito mais eficaz se compararmos com muitas sequências cinematográficas que investem em histórias isoladas com os mesmos personagens ao invés de imprimir uma continuidade.
Casos de sucesso como Game of Thrones provam essa tese onde a profundidade psicológica e política da trama se sobressai ao longo de centenas de dezenas de horas de narrativa às quais os espectadores consomem hipnotizados.