Os 11 melhores momentos de Matt Smith em Doctor Who

Com o final de Time of the Doctor, o especial de natal de Doctor Who desse ano, muitas coisas bacanas sobre Doctor Who foram respondidas, coisas como “porque o Silêncio explodiu a Tardis no fim da 5° temporada, enquanto todos os outros vilões tentaram impedir?” ou “o que tinha no quarto número 11 no Hotel do medo?”, “o que é o Silêncio?”, “Como o Doutor morre em Trenzalore?”, “Porque o Doutor de Matt Smith é o 11° se na verdade ele é o 13°?” e o mais importante, “ele já gastou todas as 12 regenerações, então porque ele vai se regenerar?” e por aí vai.

Ainda temos uma contagem marcada no número 2 de pessoas carecas usando perucas nesse episódio. (é um comentário que contém um spoiler para quem sabe tudo que rolou na Comic Con)

Mas o mais importante sobre Time of the Doctor é que esse foi o último episódio de Matt Smith como protagonista de Doctor Who, Smith dará lugar a Capaldi no próximo ano com a chegada da 8° temporada.

E Matt Smith é meu doutor favorito (apenas por um pontinho na frente do mais popular David Tennant, favorito da maioria) e merece ser lembrado, por isso fizemos um pequeno exercício mental de tentar lembrar dos 10 maiores momentos do Doutor, ou porque não, os 11 maiores momentos do 11° Doutor. Os 11 melhores momentos de Matt Smith em Doctor Who

Vamos lembra-los abaixo:


Onde e quando?
-The Big Bang
-5° Temporada

Apesar de a maior e grande parte dessa cena ser vivida por Amy Pond e não pelo Doutor, quando ele chega, após a nossa linda Karen Gillan pronunciar a tradição inglesa das noivas de ter algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul em seus casamentos, ele mostra o quanto sua mente funciona a frente dos outros, nesse caso, a mente dele funciona a frente de mais de 2000 anos de funcionamento de raça humana.

Questionado por Amy, se ela o surpreendeu por ter conseguido trazê-lo de volta ele responde “Sim, estou totalmente surpreso, eu estar vestido para o seu casamento é coincidência”. Logo depois, ele brinca sobre não beijar mais a noiva, se anuncia como amigo imaginário de Amy para todos os convidados e começa a sua clássica dança da girafa louca e ainda chama pela primeira vez Rory de “Sr. Pond”, quando Rory diz que não é assim que funciona ele replica dizendo “claro que é”.

Esse “claro que é”, sobre o "Sr. Pond" é incrivelmente manipulativo por mais que não percebamos isso de inicio, pois uma única vez depois, ele chama Amy Pond de Amy Williams, usando o nome real dela pós-casamento, o que quer dizer que ele sempre teve a intenção de diminuir Rory e exaltar Amy, por motivos desconhecidos, ou apenas para se divertir, não se sabe, mas essa cena é cheia de detalhes excepcionais.

Infelizmente o vídeo abaixo só mostra a introdução da cena com Amy, se lembrando do Doutor, não consegui encontrar o restante e o melhor da cena, mas ainda assim o vídeo é válido:


Onde e quando?
-Eleventh Hour
-5° Temporada

Enquanto o Doutor de David Tennant fazia questão de ser completamente cool com seu AllStar e seu sobretudo, o Doutor de Matt Smith é exatamente o oposto, ele é extremamente esquisito, como um bom Alien. Para provar isso já em sua apresentação surgiu uma das coisas mais clássicas de sua jornada e que ainda explica melhor como funciona a regeneração dos Doutores, novo corpo, novo paladar.

Assim que ele conhece a pequena Amelia Pond, logo depois de ter morrido visitando Rose Tyler pela última vez, ele está com fome e precisa comer, então tenta diversas comidas que gostava antes e detesta todas elas, até que surge a ideia de fazer a comida mais bizarra do mundo, peixe frito empanado no creme de leite. Delicia!

O peixe empanado com creme de leite apesar de ter sido pouco usado na série foi extremamente marcante para a jornada de Matt Smith, quase tanto quando sua gravata borboleta (Because, Bowties are cool), o Fez e seu grito de guerra “Geronimo!”




Onde e quando?
-The God Complex
-6° Temporada

No episódio The God Complex o Doutor, Amy e Rory vão parar em um hotel bizarro no meio do espaço onde cada um dos quartos contém um dos maiores medos das pessoas e lá habita um monstro que se alimenta da fé dos outros, um conceito extremamente interessante, mas que podia ter sido melhor explorado no episódio, ainda assim há uma cena extraordinária nele e nem estou falando da cena em que o Doutor abre o quarto n° 11 e diz “O que mais poderia ser?”, nos deixando curiosos até agora sobre o que tinha ali.

A cena em questão é quando o monstro decide devorar Amy e sua fé, não por nenhum Deus da Terra, mas sua fé no próprio Doutor, para salvá-la o Doutor decide falar sinceramente com Amy sobre ele mesmo e sobre a importância dela para ele.

[quote]“Esqueça sua fé em mim, eu te trouxe comigo por minha vaidade, porque eu queria ser adorado. Não sou um herói, sou só um homem louco com uma caixa.”[/quote]

Essa cena é a única que eu consigo lembrar em que ele a chama de Amy Williams e não de Amy Pond, ou chama Rory de Rory Pond, ou Sr. Pond, provando claramente que ele sempre soube como funcionava as regras de casamento da Terra e só fazia isso para Amy se sentir exaltada.

Acredito que o Doutor, sendo quem é, poderia ter dito coisas bem piores a Amy, contudo só a capacidade de mudar de personalidade de Extremamente Confiante e quase Indiferente para esse Dead Serious da cena é incrível.

Infelizmente não encontrei nenhum vídeo da cena por aí.

Onde e quando?
-The Time of the Angels
-5° Temporada

Um dos primeiros momentos extremamente Bad-Ass de Matt Smith como Doutor foi no primeiro episódio em que ele enfrente os Weeping Angels, dessa vez com uma diferença, os Weeping Angels possuíram o corpo morto de Bob e usam sua voz para falar com o Doutor, a conversa com os Weeping Angel não poderia ser mais interessante, em especial porque eles usam a forma do próprio Bob de conversar, sempre chamando o Doutor de “Senhor”, no melhor estilo militar.

Nessa cena o Doutor faz uma revelação que todos os inimigos deles deveriam anotar, pois existe algo que NUNCA, NUNCA se deve colocar em uma armadilha se eles quiserem sair vivos dali, ele mesmo!

Assistam, a cena é incrível.

 
Onde e quando?
-The Wedding of River Song
-6° Temporada

Ao ponto em que Matt Smith é meu Doutor favorito em detrimento do também sensacional David Tennant, não posso deixar de dizer que as Companions de Tennant são minhas preferidas, especialmente Donna Noble e Rose Tyler, muito especialmente Rose Tyler que está em Doomsday, um dos melhores momentos de toda a série.

Então, existem milhares de Fanfics interessantes colocando o 11° Doutor reencontrando Rose e por mais que eu goste dessa ideia isso jamais aconteceu na série, uma pena, mas a primeira e única vez que o Doutor de Matt Smith fala o nome de Rose, foi extremamente épico, para aumentar o epicness da cena ele ainda menciona o brilhante Capitão Jack Harkness.

O contexto? Dorium pergunta ao Doutor porque ele não quer aceitar sua morte, dai o Doutor diz milhares de coisas que ele poderia fazer, incluindo se juntar aos Beatles, se encontrar com Elizabeth I, inventar uma nova cor, fazer diversas outras coisas épicas e também ensinar o dever de casa à Rose Tyler. A forma toda como a cena segue é bem emocionante e se não fosse por mais nada, só a menção a Rose Tyler já bastaria para a cena está aqui, mas vale também dizer que esse, The Wedding of River Song é também um dos melhores episódio de toda a série.

Por algum motivo ninguém no Youtube separou essa cena, mas não assista só ela, assista, ou (re-assista) The Wedding of River Song inteiro que vale muito a pena.

Onde e quando?
-A Good man goes to war
-6° Temporada

O que acontece quando um deus do tempo com toda a inteligência do mundo, com o peso de um genocídio em suas costas está com um real e verdadeiro ódio de você por ter roubado o que é mais precioso dele?

O Doutor e o Sandman têm algumas coisas interessantes em comum, a primeira é que Neil Gaiman já escreveu os dois, outra coisa é que os dois são “perpétuos” à sua forma e a terceira é que quando eles decidem ir a guerra, são completamente assustadores. O episódio A Good Man Goes to War é do inicio ao fim merecedor de estar nesse Top 11, assim como toda a sexta temporada, o inicio com Amy falando com a pequena Melody Pond sobre aquele que a salvaria é lindo, o momento em que Rory fala com a Cyber legião é arrebatador, mas a forma como o Doutor ataca o asteroide Demon’s Run é realmente espetacular.

Um momento especifico desse ataque, quando o Doutor venceu e começa a conversar com o Coronel Manton, nós vemos o quanto ele está descontrolado e o quanto ele pode ser cruel e até assustador quando vai além do que precisa em sua vingança. O próprio Doutor admite que ele está com muito ódio e não sabe o que vai acontecer depois.

Demais!


Onde e quando?
-The Doctor's Wife
-6° Temporada

Simplesmente qualquer momento de The Doctor’s Wife é merecedor de estar nesse Top 11, então eu não vou falar de nenhum momento especifico aqui, apenas ver o Doutor interagindo com uma forma física feminina da Tardis e sendo escrito pelo Neil Gaiman já são o suficientes na lista.

Mas ok, tem alguns momentos realmente excepcionais nesse episódio, como, por exemplo a parte em que o Doutor conversa com o vilão da trama, um asteroide, sobre quem tem que ter medo de quem, ou quando ele e a Tardis conversam sobre o nome dela, que ela acha que é “Sexy”, já que o Doutor sempre a chama assim quando estão sozinhos. Vale também dizer que a Tardis o chama de "meu ladrão", o que nos faz lembrar que a Tardis não é dele, ela é roubada, ou "emprestada" como a Amy diz em seu casamento.

Com um visual extremamente Tim Burton, com direito a Oods e ao interior infinito da Tardis, temos um dos episódios mais bonitos de toda a série, novamente, esse é só um dos motivos do porque a 6° temporada é sensacional.

 
 Onde e quando?
-Time of the Doctor
-Especial de Natal de 2013
(Spoilers se você não assistiu o especial de Natal de 2013)

Emocionante, é tudo o que posso dizer da última cena de Matt Smith como Doutor, quando ele joga a sua gravata borboleta no chão e diz “Eu sempre me lembrarei de quando o Doutor era eu!”. É de fazer qualquer Whovian soltar lágrimas héteros dos olhos.

Mais triste ainda porque ele basicamente espirra o Peter Capaldi para fora e a cena deixa de ser dramática para ser um pouco mais comédia, com Capaldi dizendo que tem novos rins e que não gostou da cor deles.

Na cena ainda tivemos a aparição da segunda pessoa de peruca no episódio, como eu disse lá em cima, a senhorita Karen Gillan faz uma aparição como Amy Pond, usando sua peruca ruiva em sua cabeça raspada (ela raspou para fazer Guardiões da Galáxia). O que me deixa feliz, é saber que Smith, meu Doutor favorito, apesar de só ter estado no comando da série por 3 anos, foi o Doutor que mais viveu dentro do Canon, afinal, ele tinha 900 e poucos anos quando a série começou, terminou a sétima temporada com mil duzentos e poucos anos e durante esse episódio viveu toda uma longa e enorme vida em Trenzalore.

Todo o discurso sobre tudo muda, o tempo muda e ele dever mudar também, sobre tudo não ser mais que uma respiração num espelho é brilhante. Matt Smith nunca esteve tão bem como Doutor antes, exceto talvez em The Rings of Akhaten.


(fim dos spoilers)
Onde e quando?
-Eleventh Hour
-5° Temporada

Os Atraxi foram a Terra recapturar o Prisioneiro Zero, que fugiu para dentro da casa de Amy através de uma rachadura no tempo, causada pela explosão da Tardis no futuro, mas como é muito difícil achar um Metamorfo em um planeta com bilhões de seres semelhantes, os Atraxi resolveram tentar uma abordagem mais simples, ou o prisioneiro se entrega, ou eles queimariam a Terra com ele dentro.

Obviamente isso não ficaria fácil para o Doutor e essa é sua primeira aventura com esse corpo, claro, ele resolve o problema no seu melhor estilo, porém ele chama os Atraxi de volta, porque “é melhor nunca mais voltar, do que simplesmente ir embora” e então resolve dar uma aula sobre a Terra e sobre quem a protege.

O mais interessante dessa cena é que durante todo o episódio vemos Matt Smith procurando ainda quem é seu novo eu, como mencionamos mais acima na cena do Peixe Empanado com Creme de Leite, mas aqui, nesse momento o 11° Doutor foi de verdade o 11° Doutor pela primeira vez, com direito ao primeiro uso de suas gravatas borboletas, porque afinal, gravatas borboletas são legais.

Além disso, há uma pequena homenagem aos Doutores anteriores e um montagem triunfal sob uma trilha sonora empolgante fazendo a entrada dele no “time”.

“Basicamente, fujam.”


 
Onde e quando?
-The Rings of Akhatein
-7° Temporada

O episódio The Rings of Akhaten não tem nada especificamente especial nele, um episódio como outro qualquer, exceto que há uma cena absurda nesse episódio que vale toda uma Temporada de altos e baixos (a 7° não foi lá das melhores).

No episódio ele está de frente a um Deus Sol que se alimenta da alma das pessoas e de acordo com o Doutor, almas são histórias e memórias, então quem mais no universo tem histórias e memórias que fariam um Deus Sol queimar? O Doutor resolve mandar tudo que ele guardou dentro de si por tantos anos para o Deus Sol de Akhaten e isso gera uma cena linda.

Na cena ele descreve algumas coisas que ele viu, coisas que sabemos que ele passou ao lado de Donna Noble, por exemplo, coisas que aconteceram na série clássica, coisas que nunca conhecemos, ele diz tudo e finalmente entendemos porque esse Doutor de Matt Smith é tão esquisito, estranho e tenta evitar de lembrar coisas importantes do seu passado, porque ele está MUITO cansado de tudo aquilo e quer se distanciar do que já foi.

A cena é brilhante e é o ponto alto da atuação de Matt Smith em toda a série, os gritos misturados ao choro dele é simplesmente sensacional. Para finalizar, Clara decide ajudar e gera um momento extremamente emocionante, tudo embalado pela música da Rainha dos Anos.

Sério, “A Folha Mais Importante da História”, eu acho mesmo que nem é preciso Neil Gaiman para fazer o texto de Doctor Who ser lindo, lírico, intimista e épico, tudo ao mesmo tempo.

Brilhante.


Onde e quando?
-The Pandorica Opens
-5° Temporada

O episódio The Pandorica Opens é realmente sensacional, é o primeiro grande episódio épico vivido por Matt Smith e seu primeiro grande discurso onde ele lembra, a todos, sim, TODOS, os seus grandes inimigos a força dele.

O mais interessante dessa cena em particular é como Matt Smith consegue se impor como alguém gigante quando necessita e isso sem perder seu jeito quase infantil de falar. Isso fica explicito não só na atuação dele, mas no caminhar do seu discurso quando ele faz todos os seus inimigos pararem de mover suas naves porque afinal ELE ESTÁ FALANDO!

Não posso dizer que esse é definitivamente o melhor momento de Matt Smith, ou se são os momentos anteriores, mas se for pensarmos rápido, não há como não lembrar desse momento na hora, quando pensamos na personalidade que ele impôs ao Doutor, um deus do tempo brincalhão e quase Infantil, mas ainda um deus.

Então, quem não faria a coisa inteligente nesse momento?


E aí, o que acham?

Esses foram os meus 11 momentos favoritos do meu Doutor favorito, esqueci de algum, algum merecia uma posição melhor ou pior? Deixem suas opiniões nos comentários, deixem também a clássica opinião, Doutor Favorito, Companion Favorita, adoraria saber.
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