Assassin's Creed 3 | Crítica
Mesmo essa sendo minha primeira crítica, não é a primeira vez que jogo um game da franquia Assassin’s Creed. Joguei todos desde o primeiro e acompanhei a evolução em cada game com admiração. AC3 traz algumas novidades para a franquia, porém também traz coisas que já vimos antes, vamos analisar quais são.
Gráficos
O melhor de toda a série, mais, um dos melhores que eu já vi. O que mais chama a atenção são os detalhes. Detalhes de clima, cenário e expressões faciais. As florestas são ricas em cores, texturas, luz, até o vento, você consegue perceber sua direção. As diferenças entre dia e noite, sol e chuva, o mar de dia e de noite, são perfeitas. Mas a expressões dos personagens são fantásticas! Você consegue perceber, em apenas um olhar, vários sentimentos: raiva, decepção, tristeza, remorso, felicidade, preocupação. Uma das mais marcantes foi quando Connor é obrigado a matar seu amigo de infância, no rosto dele ficava fácil de ver a tristeza, o remorso e o pesar de tirar a vida do melhor amigo, essa cena foi sensacional!
Jogabilidade
Houve poucas mudanças nessa parte. Os combos estão mais presentes e são ótimos e bonitos. Porém, não podemos falar de jogabilidade sem falar das Batalhas Navais, a novidade mais interessante na minha opinião (finalmente tiraram aquelas malditas carroças). A sensação de estar num navio bombardeando e sendo bombardeado é sem igual. Coisas como: manobrar a embarcação, mudança de tempo, o modo como ela altera a navegação, as táticas de batalha que se pode empregar são incríveis.
Mas nota-se, que conforme você joga, torna-se repetitiva tanto a jogabilidade dos personagens como das batalhas em alto mar (principalmente esta última). No geral é ótima, com poucas novidades e repetitiva, mas ainda assim ótima.
Trilha Sonora
Uma boa trilha sonora é aquela que ajuda a te inserir no game, aquela que só de você pensar te faz lembrar a fase e até algumas vitórias ou derrotas. A do AC3 é boa, mas não muito marcante, nota-se que ela não recebeu tanta atenção quanto os gráficos, por exemplo, você não entra completamente no game o que faz com que ela fique na ‘média’ das trilhas sonoras de games atuais.
Dificuldade
Como eu disse na parte de jogabilidade, houve poucas mudanças. Mas uma coisa é possível afirmar, AC3 é mais fácil do que seus antecessores. Como assim? Calma, vou explicar. Desde o Revelations é possível utilizar armas primarias e secundárias praticamente juntas, mais a variedade de combos e armas, opções como ‘quebrar defesa’ e ‘usar como escudo’, torna tudo bem mais fácil. A inteligência artificial dos oponentes é boa, mas a quantidade de coisas que você pode fazer torna a I.A. deles quase obsoleta. Para exemplificar, se eu estou enfrentando um oficial que quebra meus contra-ataques eu posso: quebrar a defesa dele ou usar uma pistola, corda-gancho, arco e flecha, dardo venenoso, bomba de fumaça e por aí vai…
Uma característica que eu admirava na série era a infiltração. Eliminar em silêncio alvos chaves, atacar o principal sem ser percebido ou de surpresa era uma marca da série pra mim. Nesse game são pouquíssimas as vezes que se tem que fazer isso, na maior parte nem é necessário, você pode tocar o terror e acabar com geral. Pessoalmente, isso me decepcionou um pouco.
Enredo
Não se pode falar de AC sem falar do enredo. É uma das principais marcas da franquia, vamos analisar um pouco alguns personagens principais e depois a história como um todo.
Desmond continua um ‘rato de laboratório’ que só serve pra entrar e sair do Animus. O papel dele na trama continua esse desde o primeiro jogo. As poucas vezes que ele sai do Animus é pra fazer coisas praticamente inúteis, você acaba torcendo pra que ele volte pra máquina pra jogar com quem realmente interessa.
O pai do Desmond também está presente, parece mais um carrasco do que outra coisa.
Haythan, o pai de Connor, é singular porque ele é um templário com habilidades de assassino. É muito legal jogar com ele, mas sua personalidade e carisma são o que mais o destaca na trama.
Connor, o antepassado de Desmond, é bondoso e tem certo carisma, porém é ingênuo como Desmond e é manipulado com facilidade pelos outros e até por quem ele nem conhece.
Desmond e seu pai enfrentam problemas de relacionamento, mais ou menos como Connor e seu pai (até porque o pai dele é templário e ele assassino). Connor é ingênuo, como eu citei antes, mas na sequência de memória 10, Haythan e Connor trabalham juntos e nota-se, que Connor cresce muito com isso. O amadurecimento dele é bem desenvolvido e interessante de se acompanhar.
Já Desmond e seu pai, não tiveram o mesmo desenvolvimento, pra falar a verdade, mal apareceram o jogo inteiro. Ficou muito vaga a relação deles, que seria interessante se fosse desenvolvida, afinal Desmond é o protagonista. Os dois personagens acabaram ficando com pouca importância.
Temos aqui duas história: uma bem desenvolvida e outra pouco desenvolvida. As duas se completam, mas essa diferença torna desigual o enredo. Como pode o antepassado, que tem a função de preparar o terreno, ter mais importância do que o cara que vai ‘salvar a humanidade’? E por aí vai. O enredo acaba deixando a desejar nessas questões e deixa a trama ‘incompleta’ por assim dizer.
Multiplayer
É muito divertido e testa sua habilidades, você pode passar horas ali se deixar. O carregamento é rápido e possui vários modos de jogo de acordo com seu estilo. Há também várias opções de personalizar seu char e skill. No entanto, o problema reside justamente aí, muitas das opções de customização são pagas.
Assassin’s Creed 3 é com certeza um dos melhores games da franquia, A Batalha Naval, os gráficos, a precisão em detalhes e a riqueza histórica do game o tornam uma excelente opção para gamers que buscam um jogo completo e divertido.